O governo federal lançou nesta terça-feira (24), no Palácio do Planalto em Brasília (DF), o resultado do edital do projeto ‘Sertão Vivo – Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste’. A Bahia vai receber R$ 299 milhões que devem beneficiar cerca de 75 mil famílias, a maior verba do programa.
As ações irão contribuir para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas no Semiárido na Região Nordeste. Todos os nove estados foram contemplados com os repasses.
A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, além dos nove governadores dos estados que integram o Consórcio Nordeste.
De acordo com o governo federal, o Sertão Vivo deve beneficiar 1,8 milhão de pessoas, o equivalente a 439 mil famílias, e tem como objetivo apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste, fortalecer a agricultura familiar, aumentar a produtividade e, ainda, tornar o semiárido nordestino referência para a agricultura sustentável.
A iniciativa pretende apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste que promovam o aumento da resiliência climática da população rural do Semiárido do Nordeste brasileiro, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais (povos indígenas, fundo de pasto, quilombolas etc).
O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, afirmou que é fundamental que projetos como esse sejam complementares às iniciativas dos governos para desenvolver a agricultura familiar no semiárido nordestino: “A participaçãdo do FIDA nesse projeto é fundamental (…) Claramente a agricultura familiar quando financiada e recebendo os investimentos devidos, dá resposta naquilo que é mais importante pra gente, que é a produção de alimentos com toda qualidade necessária”, disse.
Recursos
Dos R$ 1,775 bilhão investidos no programa, R$ 1 bilhão provém do BNDES e R$ 475 milhões são do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), agência das Nações Unidas, e do Fundo Verde para o Clima, também ligado às Nações Unidas.
Os valores repassados para os nove estados do Nordeste foram determinados de acordo com quatro critérios: pobreza rural, vulnerabilidade climática, insegurança alimentar e disponibilidade hídrica.
Inicialmente foi divulgado que apenas quatro estados seriam contemplados, no entanto, com a ampliação dos investimentos próprios do BNDES no projeto, todos da região receberão o programa.
- Bahia
R$ 299 milhões, com 75 mil famílias beneficiadas - Ceará
R$ 252 milhões, com 63 mil famílias beneficiadas - Rio Grande do Norte
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas - Pernambuco
R$ 299 milhões, com 75 mil famílias beneficiadas - Alagoas
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas - Maranhão
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas - Paraíba
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas - Piauí
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas - Sergipe
R$ 150 milhões, com 38 mil famílias beneficiadas
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou que 75% dos beneficiários são do Cadastro Único (CadÚnico) e que a região Nordeste é um dos territórios mais afetados pela crise climática.
Segundo o governo, há expectativa de que o Sertão Vivo transforme o semiárido nordestino em referência para solução dos desafios impostos pelo aquecimento global. Dos 1,8 milhão de agricultores familiares da região, há também assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais (povos indígenas, fundo de pasto, quilombolas).
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