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PECUÁRIA

Confinamento coberto é alternativa para criação em áreas menores

Para presidente da Faeb, alojamento contribui com maior produtividade em áreas menores, além de gerar menos impactos ambientais

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Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural BA

Pensando em melhorar o bem estar dos animais e ter uma maior qualidade e rotatividade de cabeças de gado, alguns pecuaristas estão investindo em áreas menores, porém, em confinamento coberto.

Em Barreiras, no Oeste da Bahia, um empresário que também atua na avicultura está investindo nesse tipo de alojamento, 100% coberto.

A estrutura recém inaugurada, ainda em fase de implementação, tem 204 metros de comprimento, 34 de largura e 8 baias, sendo 4 de cada lado, com capacidade para alojar 125 bois cada.

Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural BA

Eduardo Carneiro Mota, diretor da empresa explica que a ideia é melhorar a saúde e bem estar animal diminuindo o estresse, aumentar o giro de animais, com menos tempo de engorda e consequentemente aumentar a produção.

Desta forma, o gado não gasta tanta energia caminhando em grandes pastagens em exposição solar em regiões de altas temperaturas como no Matopiba.

“A ideia é que a gente consiga nessas 8 baias e nesse galpão colocar mil animais a cada a cada turno. Como não pega chuva, ele é 100% coberto, eu consigo girar de 3 a 4 vezes no ano esses animais, assim, eu consigo produzir de 3 a 4 mil animais ano”, conta.

Para Humberto Miranda, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), o confinamento coberto contribui com maior produtividade em áreas menores, além de gerar menos impactos ambientais.

“Por uma questão de escala, quanto mais se produz numa área menor, melhor para todo mundo, inclusive, para a sociedade como um todo. Se você pode usar 50 hectares de uma fazenda para fazer um confinamento fechado e produzir, de engordar ali 5, 10 mil bois, você não vai precisar abrir uma área, talvez, desmatar 5 mil ha 10 mil ha”, disse.

Mercado

No entanto, um questionamento do produtor é que o mercado, ainda não considera os animais desse tipo de confinamento como um diferencial para o preço.

Segundo Eduardo, na pecuária de corte, esses bovinos são comercializados assim como os criados em ambientes abertos e semiabertos.

Ele espera é que o mercado passe a precificar esse tipo de animal de maneira diferenciada por conta dos benefícios e melhor qualidade que o confinamento coberto oferece.

“É um animal que tem uma qualidade de bem-estar maior, um animal que tem um acabamento melhor, né? A gente vê que o preço hoje padrão de mercado para qualquer animal, é o mesmo preço”, conclui.


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