PISCICULTURA

Criação de tilápia pode melhorar renda de piscicultoras da Bahia

Criação de tilápia, melhorar renda, grupo piscicultoras, norte da Bahia, Itiúba
Foto: Divulgação/CAR

A criação de tilápia no município de Itiúba, no Norte da Bahia, é a esperança para melhorar a renda e autonomia das mulheres que integram um grupo de piscicultoras do povoado de Taquari.

De acordo com o governo do estado, o trabalho do grupo, que está focado na engorda de alevinos em oito tanques-rede, conta com o assessoramento especializado da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), por meio do projeto Pró-Semiárido.

Eunice Amaral, uma das integrantes do grupo, destaca a importância do suporte. “Para nós é de grande importância essa assessoria por conta que o nosso projeto está no começo. Mesmo a gente mudando as formas de manejo, ainda precisamos de assessoramento. Por mais que tenhamos conhecimento, nunca é igual a ser assessorada por uma engenheira de pesca”, conta.

A piscicultora revela ainda que o foco do grupo é assegurar autonomia para todas as integrantes por meio desta atividade.

“Nós vamos demorar mais para terminar a venda dos peixes, mas o lucro vai ser maior. Hoje, a gente pensa que o lucro vai ser reinvestido para que futuramente a gente tenha uma renda de, pelo menos, um salário mínimo por mulher”, planeja.

Manejo

Com o suporte, elas estão trabalhando as boas práticas de manejo com acompanhamento sistemático de uma engenheira de pesca.

Entre as atividades estão a biometria semanal, que consiste no monitoramento do ganho de peso dos peixes, e a repicagem, que trata da seleção por tamanho dos animais.

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Foto: Divulgação/CAR

“O manejo do peixe é importante porque as boas práticas permitem fazer os cálculos de alimentação adequados para não colocar mais ou menos alimento, e manter o peixe nutrido, por exemplo. Esses cuidados diários são importantes para evitar desperdícios financeiros e de trabalho”, explica a engenheira de pesca, Josiane Araujo.

A Associação de Piscicultores de Taquari tinha 90% de membros homens, com a chegada do Pró-Semiárido houve incentivo para a integração de mais mulheres e formação de um grupo feminino de criadoras de peixe na instituição.

Elas começaram com o investimento na engorda de peixe juvenil, mas por conta da alta taxa de mortalidade e pouco rendimento financeiro optaram, neste ano, por trabalhar com o manejo de um peixe maior.

O Pró-Semiárido é um projeto do Governo da Bahia executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).


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