POLÍTICA

Deputados aprovam aumento de 1,5% em ICMS na Bahia

Se sancionado pelo chefe do execeutivo, governador Jerônimo Rodrigues (PT), nova alíquota do imposto entrará em vigor em 2024

Deputados da assembleia legislativa da bahia (alba), aprovam aumento de icms em 1,5%
Foto: Reprodução/TV Alba

Deputados da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), aprovaram em sessão na noite da última terça-feira (7), um projeto de lei que aumenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 1,5%. Com a mudança, em 2024, a alíquota passará de 19% para 20,5%.

A PL 25.091 foi proposta pelo deputado Rosemberg Pinto (PT), e agora aguarda sanção do poder executivo, chefiado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Como justificativa, Rosemberg Pinto disse que se reuniu com empresários e o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, para expor a situação fiscal do estado e que eles teriam compreendido a necessidade.

O deputado Jordavio Ramos (PSDB), pontuou que a proposta vai impactar em 4,5% no custo final de bens de consumo. Alan Sanches (UB), líder oposicionista, afirmou ter um manifesto de 54 entidades contrárias ao ajuste.

O ICMS é uma das principais fontes de arrecadação do estado e abrange os setores de alimentos e bebidas, combustíveis, medicamentos, roupas, eletrônicos, importação de mercadorias, serviços de saúde, educação e serviços de transporte e são repassados para o consumidor final.

Rosemberg argumentou ainda que tanto os empresários quanto toda a população estão sendo beneficiados com o projeto, que reduz significativamente as alíquotas do ICMS na energia e nas telecomunicações. O uso da eletricidade vai passar de uma taxação de 28% para 20,5% e as comunicações, de 27% para 20,5%.

Deputados da assembleia legislativa da bahia (alba), aprovam aumento de icms em 1,5%
Foto: Agência ALBA

De acordo com o Diário Oficial da Alba, o deputado Dr. Diego Castro (PL) classificou de “nefasto aumento arrecadatório” e foi sucedido ainda pelo deputado Hilton Coelho (Psol). 

Euclides Fernandes (PT), por sua vez, defendeu a aprovação do projeto e disse que o governo precisa arrecadar para fazer o que o povo necessita e espera. Ele também classificou o discurso dos adversários como político, considerando que, se o propositor da matéria fosse o prefeito de Salvador, Bruno Reis, eles seriam favoráveis. 

Marcinho Oliveira (UB) disse que os maiores prejudicados serão os trabalhadores e prestadores de serviços e Júnior Nascimento (UB) afirmou que a proposição vai na contramão dos interesses sociais.

A Alba

A Assembléia Legislativa da Bahia possui 63 deputados e o projeto foi aprovado pela maioria da casa.

Se sancionada, a nova alíquota só será aplicada em 2024 por conta de um dispositivo constitucional que impede a cobrança de tributos no mesmo exercício em que eles foram instituídos, chamado de Princípio da Anterioridade Tributária.


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