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PREVENÇÃO

Estados se reúnem para discutir monilíase do cacaueiro

Fungo que ataca frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro, pode causar perdas de até 100% da produção

Cacau em pauta. Estados se reúnem para discutir monilíase do cacaueiro
Foto: Pixabay

Preocupados com a possível chegada da monilíase do cacaueiro, causada por um fungo, nas lavouras do país, na próxima segunda-feira (16), o governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), reúne autoridades de três estados brasileiros, além de representantes da cadeia produtiva do cacau, para avaliar os riscos e discutir o assunto e apontar soluções para a cultura.

De acordo com a Seagri, o evento será realizado na Governadoria, localizada no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública – COI, em Salvador (BA), a partir das 9 da manhã.

O encontro que será exclusivamente presencial, vai reunir os secretários de estado da agricultura do Pará, Espírito Santo e Rondônia.

Junto com a Bahia, essas unidades da federação representam aproximadamente 98% da produção nacional de amêndoas de cacau, gerando uma receita anual que supera os R$ 23 bilhões e movimenta vários nichos de mercado.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a monilíase é uma doença que ataca os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento, podendo causar perdas de até 100% da produção.

Monilíase do cacaueiro

Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, está presente em todos os países produtores de cacau da América Latina, exceto no Brasil. Uma das características da monilíase é a agressividade com que destrói as lavouras. O fungo pode sobreviver tanto no solo quanto em frutos velhos e nas sacarias.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o fungo relatado há mais de 200 anos na América do Sul, tem como principal sintoma inicial o escurecimento dos frutos. A partir daí, em poucos dias, ocorre a formação de uma grande quantidade de pó branco que são os esporos do fungo que se espalham facilmente.

Levada pelo vento, animais, respingos de chuva de um fruto doente para um sadio. No entanto, a Embrapa informa que o homem é o principal disseminador da doença, quando transporta frutos doentes de uma área infestada para áreas indenes.

Foto: Amauri Siviero/Embrapa

Ao fim dessa primeira reunião, o grupo de trabalho pretende enviar uma carta ao Ministério da Agricultura indicando medidas que podem ser tomadas para impedir o avanço da doença ou amenizar seus riscos.

Segundo a Seagri, também deve ser assinado um termo de cooperação técnica para alinhar as ações de prevenção entre os estados produtores de cacau.

O encontro da próxima segunda-feira, tem a participação confirmada de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, Ceplac, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab),  Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Companhia de Ação Regional (CAR), Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), BahiaTer, Ministério Público da Bahia, além de produtores de cacau da Bahia e Espírito Santo.


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