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PLANTAS MEDICINAIS

Farmácia Verde se destaca entre agricultoras familiares

Modelo foi introduzido ao projeto Ater Mulheres Rurais no município de Sapeaçu (BA)

Farmácia Verde se destaca entre agricultoras familiares e introduzida ao projeto Ater Mulheres Rurais no município de Sapeaçu (BA) que cultivam plantas medicinais
Folhas de boldo são muito utilizadas na medicina popular para o tratamento de problemas digestivos e hepáticos | Foto: Cristina Braga/ Folhas e Folhagens

A ‘Farmácia Verde’, é um modelo de farmácia que valoriza a cultura de plantas medicinais e que pode ser cultivada dentro de quintais produtivos. Algo comum na cultura popular, a novidade organizada difundida durante a pandemia, foi introduzida ao projeto Ater Mulheres Rurais no município de Sapeaçu, no Recôncavo baiano, que beneficia diretamente 90 agricultoras familiares

De acordo com o técnico de Ater do Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário do Semiárido (Idesa), Antônio Araújo, as Farmácias Verdes são sinônimo de prosperidade.

“Conseguimos, com elas, mostrar não só para as mulheres do projeto, mas, também, para toda a população do entorno, a importância das ervas medicinais. Elas, hoje, são tidas como a cura de muitos males que, às vezes, dentro da medicina convencional, se tornam caros”, explica o técnico.

Segundo ele, são 90 farmácias verdes, contemplando todas as 90 mulheres que estão inseridas no projeto.

Foto: Divulgação/SDR

Agricultora familiar residente na comunidade Tapera de Léo, Aida Ressureição, foi uma das beneficiadas e considera importante e mais saudável. “Em vez de a gente tomar um comprimido, a gente toma um chá. É bem melhor, mais saudável e com menor custo”, conta.

A agricultora explica que cultiva diferentes plantas medicinais: “Tenho Cana de Macaco, que aprendi que serve para o coração. O Capim Santo, que é bom para a pressão. Capim Limão, que serve para fazer repelente. Anador, para a dor, e o Boldo que serve para dor de barriga, dor de estômago, mal estar. Foi através do projeto que a gente viu o quanto a gente trabalha na roça”, completa Aida. 

A iniciativa se une ao conjunto de ações promovidas pelo Ater Mulher, projeto da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que propicia o empoderamento feminino em comunidades rurais da Bahia.

Foto: Divulgação/SDR

De acordo com a SDR, o projeto fortalece a autoestima da agricultora familiar e levando novos conhecimentos de autogestão, diversificação produtiva e associativismo, para que essa mulher se torne autônoma.

Em Sapeaçu, é executado numa parceria entre Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) e Idesa. 

Política pública

Segundo o Ministério da Saúde, as plantas medicinais são espécies vegetais que, administradas por qualquer via ou forma, exercem ação terapêutica.

A fitoterapia é a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.

Além disso, o Ministério da Sáude, trata do assunto na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que tem o objetivo de ampliar o acesso da população aos serviços e produtos das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) na Rede de Atenção à Saúde (RAS).


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