Como uma alternativa para garantir a sustentabilidade na produção e diminuir os impactos das mudanças climáticas, os produtores do oeste da Bahia estão testando uma ferramenta online que realiza o balanço de carbono nas propriedades agrícolas.
O sistema permite quantificar o carbono que está sendo emitido e também retido na propriedade agrícola. Entre os objetivos, está o de reduzir as emissões na agricultura.
A iniciativa é da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), juntamente com entidades ligadas à agricultura sustentável e ao meio ambiente.
A plataforma está disponível através do site da entidade e o produtor associado deve se cadastrar para ter acesso. A ferramenta faz parte do Sistema de Inteligência Territorial e Monitoramento Ambiental do Oeste da Bahia (Sima).
“[Por meio do uso da ferramenta] A gente consegue demonstrar para o mundo, que hoje tem essa cobrança em relação ao Brasil e à sustentabilidade, que esta tem sido uma preocupação dos produtores rurais do oeste da Bahia”, diz o geógrafo Enéas Porto, que é gerente de Sustentabilidade da Aiba.
Como a ferramenta calcula o balanço de carbono
Uma vez na plataforma, o agricultor preenche os dados relativos a sua produção e manejo. A ferramenta funciona como uma calculadora, que informa o valor da emissão ou retenção do carbono na propriedade.
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O gerente da Abia afirma que a adoção de boas práticas agrícolas está entre os fatores que favorecem a absorção de carbono em uma propriedade. É o caso do plantio direto, por exemplo. “Isso, além de retirar esses elementos da atmosfera, vai conseguir também melhorar a sua produtividade, melhorar a qualidade do solo. Por isso que esse tema é tão importante para a agricultura”.
Promover o conhecimento acerca do balanço de carbono nas propriedades é relevante para uma que tem mais de 4 milhões de hectares produtivos e é uma das maiores exportadoras de grãos e fibra do país.
“[O carbono] É fundamental para a produção agrícola. A planta, assim como a floresta, são elementos que conseguem fixar o carbono no solo, retirando uma boa parte do carbono que está na atmosfera”, diz Porto.
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