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INCIDENTE

Funcionários inalam gás químico após vazamento em refinaria

Fato aconteceu durante descarregamento de hipoclorito de sódio de uma carreta para um tanque

Cerca de 30 funcionários da Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), inalaram um gás químico altamente tóxico, formado pela mistura de hipoclorito de sódio
Foto: Reprodução/ Instituto Brasileiro de Petróleo

Funcionários da Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), após inalarem um gás químico altamente tóxico, formado pela mistura de hipoclorito de sódio – matéria-prima para a água sanitária – com outro produto químico não informado, depois de um vazamento durante uma operação logística na companhia.

Pelo menos 14 trabalhadores tiveram problemas respiratórios e, segundo a Acelen, 7 foram hospitalizados e passam bem. Ao menos 30 inalaram o gás, um trabalhador permaneceu internado durante quatro dias, e quatro precisaram fazer uso de oxigênio, informou o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro).

O incidente foi divulgado nesta terça-feira (17) pelo Sindipetro e aconteceu na madrugada do dia 10 de outubro, após o descarregamento de hipoclorito de sódio de uma carreta para um tanque, na Unidade 52.

De acordo com o Sindipetro Bahia, além dos operadores, também foram atingidos trabalhadores que participavam de um curso de treinamento.

O gás tóxico teria se espalhado por todo prédio, incluindo áreas do centro de treinamento, refeitório central e área de embarque e desembarque de ônibus.

Entrada da refinaria | Foto: Reprodução/Google Maps/Andre Bomfim

O Sindipetro Bahia informou ainda que só tomou conhecimento do acidente na segunda-feira (16) e quer que a empresa que administra a refinaria, esclareça porque um acidente deste porte, que pode ser considerado gravíssimo, não foi comunicado à entidade sindical e nem à CIPA da empresa.

Além disso, o sindicato diz cobra mais informações sobre o ocorrido e que tem recebido denúncias de que a refinaria baiana não estaria cumprindo carga horária obrigatória nos treinamentos dos cursos das Normas Regulamentadoras e que a empresa não estaria cumprindo normas de segurança.

Empresa nega falta de comunicação

Por meio de nota, a Acelen disse que “o Sindipetro-BA foi informado no mesmo dia da ocorrência, respeitando o compromisso com a transparência e diálogo com a entidade” e que foi “imediatamente comunicado à CIPA, que também foi convidada a participar das investigações relativas as possíveis causas do incidente, buscando estabelecer as medidas corretivas e evitar novas ocorrências”.

A empresa disse ainda que a situação foi rapidamente contida pelo time técnico da operação, segurança e meio ambiente da refinaria e que as pessoas que sentiram desconforto respiratório após o incidente foram imediatamente assistidas e passam bem.

A nota também diz que a companhia adota medidas preventivas e de proteção para garantir os padrões de segurança no manuseio de produtos químicos e que segue “fielmente a legislação brasileira, respeitando as normas, carga horária e conteúdo programático dos treinamentos realizados”.


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