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LOGÍSTICA REVERSA

Mais de 3,8 t de embalagens de defensivos são destinadas corretamente na Bahia

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Foto: Reprodução/Canal Rural BA

A Bahia destinou corretamente 3.895 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas em 2023. Nesse contexto, o Brasil recicla 97% das embalagens de defensivos agrícolas do mercado. Desde 2002, 750 mil toneladas de embalagens foram recicladas, evitando a emissão de 1,05 milhão de toneladas de gases de efeito estufa.

As informações são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística desses materiais.

O trabalho de reciclagem só é possível por conta da responsabilidade compartilhada do mercado neste segmento.

No Oeste da Bahia, essas milhares de embalagens de defensivos agrícolas são recolhidas em diversas propriedades rurais do Oeste da Bahia.

Além disso, nas fazendas, esses materiais são obrigatoriamente recolhidos, lavados e enviados para pontos de coleta previamente indicados em nota fiscal.

O produtor Marcelino Flores de Oliveira, conta que nada é descartado incorretamente na propriedade dele.

“Não sobra nada para o lixo, tudo é descarte dentro de uma norma, a fiscalização é muito rígida nesse aspecto”, afirma.

As embalagens de defensivos agrícolas, se destinadas de maneira incorreta, podem levar à contaminação do solo, da água e do ar, com impactos negativos sobre o meio ambiente e a saúde humana.

No Oeste da Bahia, são quatro unidades centrais. Para que o trabalho funcione, todos os envolvidos precisam cumprir as exigências, como as fornecedoras de insumos agrícolas.

Luis Fernando Valle, engenheiro agrônomo explica como a empresa em que ele trabalha participa do programa. “O nosso objetivo nosso é fazer com que o produtor entregue essas embalagens no final da safra”, conta.

Sistema Campo Limpo

O estado da Bahia conta com 12 unidades de recebimento ligadas ao Sistema Campo Limpo. gerente administrativa da central Campo Limpo de Barreiras, Mércia Brandi, conta que cada produtor, precisa cumprir prazos para a destinação.

“Ele tem um ano para devolver as embalagens, caso ele não utilize o produto, ele tem mais seis meses, sendo que hoje nós já somos, capacitados pra também, a gente já têm uma licença ambiental para destinar os resíduos que sobram da agricultura, no caso da da aplicação. Caso ele não utilize e vença, também podemos receber esses produtos. Nosso intuito maior é limpar o campo, o meio ambiente.”, explica.

No Brasil, somente no ano passado, foram 53,2 mil toneladas. Das embalagens recebidas pelo sistema campo limpo, 97% são recicladas e apenas 3% incineradas. 

Para Antonio Carlos do Amaral, gerente de operações do inpEV, a legislação foi aprimorada com o passar dos anos.

“A lei foi se adaptando em vários outros pontos e hoje a gente atende a lei 14.785 de 2023, que foi mais uma alteração, mas inicialmente lá desde o ano 2000 a gente atende essa legislação que determina as responsabilidades tanto da indústria fabricante, tanto do distribuidor, dos agricultores e assim também dos órgãos públicos. São responsabilidades compartilhadas para toda a cadeia”, pontua.

Foto: Divulgação/inpEV

De acordo com Antonio Carlos do Amaral, já foram evitados a emissão de mais de 1 milhão de toneladas de gás carbônico na atmosfera, desde o início do programa.

“Isso realmente é um ganho expressivo, que para compensar isso a gente teria como se tivesse plantado 7 milhões e meio de árvores.”, conclui.

O Sistema Campo Limpo, conta com 416 unidades de recebimento em todo o país, além disso, são 10 recicladoras parceiras que produzem novas embalagens de defensivos e tampas.

Produtos para a construção civil, transportes, setor energético e indústria moveleira, também são confeccionados. 


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