A preocupação com os impactos climáticos na produção de grãos também é grande na maioria dos estados nordestinos. O Maranhão deve registrar uma queda acentuada na produção da safra 23/24.
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), a situação mais preocupante é a do milho segunda safra.
Ainda segundo a instituição, os impactos do El Niño são a razão para a queda de produtividade, que teve grande parte dos 1,2 milhão de hectares plantados de soja afetados pela seca.
A estimativa de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que era de 3,8 milhões de toneladas, deve ter uma redução de pelo menos 10%, podendo chegar até a 15%.
“A demora da chegada da chuva fez com que a soja, o milho e o arroz tivessem uma queda significativa”, conta o presidente da Faema, Raimundo Coelho.
Milho
Já as lavouras de milho devem registrar no Maranhão, prejuízos de mais de 20%, principalmente na safrinha.
A queda se deve à janela de plantio apertada devido aos atrasos na soja. O presidente da federação afirma que medidas solicitadas pela Confederação Nacional da Agricultura ao Ministério da Agricultura e Pecuária (CNA), buscam diminuir as perdas do produtor no Maranhão e em outras localidades.
De acordo com Coelho, as principais solicitações feitas foram a prorrogação do vencimento dos empréstimos e a negociação das dívidas já vencidas.
O financiamento de algumas atividades agropecuárias também esteve entre as prioridades.
“Tudo isso é para que o produtor não pare a sua atividade”, afirma Raimundo Coelho.
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