Com o fim do vazio sanitário do algodão na semana passada no oeste da Bahia, uma das medidas de prevenção do aparecimento do bicudo do algodoeiro, os produtores já iniciaram o plantio para a safra 2023-24 na região.
Segundo maior produtor de algodão do país, de acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Bahia produziu na última safra cerca de 615 mil toneladas em uma área de mais de 312 mil hectares.
Em entrevista ao Canal Rural Bahia, Rafael Zacarias, diretor de produção da Fazenda São Francisco, em Riachão das Neves (BA), diz que mesmo com a influência do El Ñino, a expectativa é boa para a próxima safra. São 16 mil hectares dedicadas à cotonicultura de sequeiro.
“A gente iniciou o plantio do algodão na semana passada, no dia 21 e já estamos com 13 mil hectares, 80% da área. A gente aproveitou bem as chuvas, do dia 19 e 20, a umidade do solo, e implantamos já boa parte da safra de algodão. Promete pra gente uma boa safra”, conta.
Plantio monitorado
A propriedade conta com equipamentos modernos e uma central de monitoramento, com informações em tempo real via satélite de toda a área plantada que contempla também, lavoura de soja, com 17 mil hectares.
Segundo ele, o aparato tecnológico e o acompanhamento preciso ajuda na tomada de decisão: “Isso tem ajudado bastante a gente tomar as decisões, enfrentar esse El Niño forte, além das previsões, né? São mais assertivas e a gente toma as decisões baseadas nela, né? Então, alguns plantios no pó, por exemplo, está sendo mais necessário ser realizado nesse ano. Assim, conseguimos aproveitar também cada milímetro de chuva para fazer a implantação da lavoura”, conta.
A Abapa está otimista em relação a próxima safra e estima um aumento de 2,4% na área plantada, no entanto, prevê uma redução de produtividade de 2,8%, que deve ter em torno de 1.913 kg de pluma por hectare.
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