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CERRADO SEM FOGO

O que diz o setor sobre as queimadas que impactam produção agropecuária

Relatório do Cemaden destaca os prejuízos com a seca que afeta o país

Impacto das queimadas na produção agropecuária e agrícola, no Cerrado, do Matopiba; o que diz setor sobre assunto
Foto: Guilherme Soares/Canal Rural BA

Em todo o Matopiba, os esforços do setor são para prevenção e enfrentamento ao fogo. O quarto e último episódio do especial ‘Cerrado Sem Fogo‘, traz a mensagem e práticas do setor agropecuário sobre o assunto.

Assim como abordado nos episódios anteriores, as queimadas são prejudiciais aos sistemas agroecológicos e todas as práticas sustentáveis debatidas e difundidas com estudos científicos na agricultura. 

Uma das imagens que chamam atenção, é a do Julio Takahashi, produtor rural, de Balsas (MA). No vídeo ele mostra os esforços para combater um incêndio florestal em uma de suas propriedades.

“Já temos área de plantio queimada aqui, palhada. Ontem quase tivemos um acidente com graves proporções aqui, então é muito perigoso o fogo nessa época”, disse Takahashi.

Impacto da seca e o fogo

Um relatório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), divulgado em setembro, destaca os prejuízos para o setor agropecuário, com a seca que afeta o país, condição em que ocorre maior risco de propagação do fogo.

Em agosto, 963 municípios apresentaram pelo menos, 80% de suas áreas agroprodutivas potencialmente impactadas pela seca.

De acordo com o monitor do fogo, do Mapbiomas, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada em agosto de 2024, com 2,4 milhões de hectares, ou 43% de toda a área queimada no Brasil.

Foto: Guilherme Soares/Canal Rural BA

Nesse sentido, José Cláudio de Oliveira, sócio-proprietário da JCO Bioprodutos também destaca os prejuízos que o fogo provoca para os produtores.

“Agricultor nenhum, quer botar fogo, então, às vezes, há um comentário, da sociedade urbana às vezes pensa que é o agricultor que põe fogo. O fogo é deletério, ele é prejudicial”, destacou Oliveira.

Wellson de Castro, coordenador de gestal ambiental do Grupo Progresso, destaca que nas fazendas do grupo, todos os anos sofrem com incidência de focos de incêndios florestais.

“Muitas vezes a caça predatória em área de reserva legal, caçadores acabam ateando fogo ali para fazer limpeza de área ou para afugentar os animais e conseguir fazer abate desses animais”, explica de Castro.

O que diz o setor

No âmbito de todo o contexto as entidades assumem um papel crucial diante de um assunto tão sensível.

Greice Fontana Klein, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, destaca o papel importante das instituilções. “Uma das funções das instituições mais importantes é levar a informação correta ao produtor”, enfatiza.

Para Alessandra Zanotto, vice-presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) “atrelar a queimada ao agronegócio é realmente mensurar um grande prejuízo, inclusive, na verdade, imensurável prejuízo sobre o que pode acontecer a partir dessas queimadas”.

Gustavo Prado, diretor-executivo da Abapa disse que “é uma inverdade muito grande falar que o produtor ocasiona isso. ele sofre muitas vezes há cometimentos e de maneira responsável ele tem que, de maneira ágil, responder a isso”.

“É inadmissível fogo em propriedade rural, nós combatemos com unhas e dentes, assim que surge a primeira chama de fogo, então, não dá pra acreditar. É uma balela imensurável jogar essa culpa em cima do agro. O agro protege o meio ambiente”, ressalta o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

As estatísticas preocupam, e as futuras gerações, aguardam um futuro incerto no planeta, que está sob constante ameaça.

“A mensagem que fica é que é uma preocupação de todos nós, produtores, associações, governo, sociedade, estudantes, jovens, crianças, para que todos entendam que existe uma responsabilidade em comum de todos sobre essa grande causa, sobre esse grande impacto que está acontecendo no nosso país,” disse Alessandra Zanotto, vice-presidente da Abapa.

Enquanto isso, a natureza tenta resistir em meio às cinzas. Só há vida no Cerrado, sem fogo.

Assista ao episódio:

Apoio

O projeto Cerrado Sem Fogo é uma campanha do Canal Rural Bahia com apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), JCO Bioprodutos, Grupo Progresso e Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães.


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