IBGE

Previsão aponta redução de 6,8% na safra baiana de grãos

Queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para todo país

IBGE aponta queda de 2,9% na produção de grãos na safra 2024. Soja, milho, sorgo
Foto: Aleksandarlittlewolf/Pixabay

A segunda estimativa para a safra baiana de grãos em 2024 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), prevê, em fevereiro, que a produção deve chegar a 11.316.370 toneladas neste ano.

O número representa uma redução de 6,8% (ou menos 831.688 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 t).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE, divulgadas nesta terça-feira (12).

De acordo com o instituto, essa diminuição frente ao ano passado se dá sobretudo por conta da queda nas previsões das safras de milho e a soja, dois dos principais grãos produzidos no estado.

No entanto, frente à estimativa de janeiro, os dois produtos apresentaram revisão positiva, fazendo com que a previsão da safra baiana de grãos em 2024 tenha crescido 2,5% em relação ao mês anterior (mais 276.958 toneladas), que havia sido de 11.039.412 toneladas.

Milho

De acordo com essa segunda estimativa, a Bahia deve colher, em 2024, 1.742.760 toneladas na 1ª safra de milho, o que representa uma queda de 25,8% frente ao ano passado (menos 606.960 toneladas), porém um aumento de 2,2% em relação à previsão de janeiro (mais 38.106 toneladas).

O aumento frente a janeiro se deu na área colhida do grão no estado, que passou de 288.000 para 299.000 hectares (+3,8%), porém este valor ainda está 30,1% abaixo de 2023, quando foi de 428.000 hectares.

Soja

Já a soja, principal produto agrícola da Bahia, que representa quase dois terços (65,0%) de toda a safra de grãos do estado, também tem previsão de redução na produção em 2024. 

Segundo os dados do IBGE, esse ano, a Bahia deverá produzir 7.353.000 toneladas de soja, o que representa uma queda de 2,8% (menos 212.940 toneladas) frente ao colhido em 2023, que foi 7.565.940 toneladas.

Contudo, frente a janeiro, houve um aumento de 3,3% na previsão da safra para 2024 (mais 233.580 toneladas).

A revisão positiva de um mês a outro se deu pelo aumento de 13,5% na área colhida, que chegou a 2,032 milhões de hectares no estado.

No entanto, em relação ao ano passado, o rendimento médio do grão deve cair 8,9%, de 3.972 para 3.619 kg/hectare.

Algodão

Por outro lado, o algodão herbáceo, apesar de ter tido revisão negativa frente a janeiro, deve apresentar crescimento na produção em 2024.

A Bahia deve colher 1.782.435 toneladas do grão, 2,4% a mais (+41.085 toneladas) do que em 2023, porém 1,4% a menos (-25.110 t) do que o previsto em janeiro, para este ano.

Neste ano, a Bahia deverá seguir como a 2ª maior produtora de algodão do país, sendo responsável por 21,8% da safra nacional.

A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo.

No país, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá ser de 300,7 milhões de toneladas neste ano, 4,7% menor do que o recorde registrado em 2023 (315,4 milhões de toneladas) e 0,9% inferior à previsão de janeiro (303,4 milhões de toneladas).

Mesmo com a previsão de colher 6,8% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023).

Mato Grosso continua na liderança (27,9%), seguido por Paraná (13,5%) e Rio Grande do Sul (13,4%).

O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Crescimento de outras culturas

A estimativa de fevereiro é que, em 2024, 14 das 26 safras de produtos investigados na Bahia sejam maiores do que em 2023

Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia, a previsão de fevereiro se mantém de alta em 14 das 26 safras, no estado, em 2024.

O maior crescimento absoluto deve ser o da cana-de-açúcar (+74.400 t, ou +1,4%), seguida pelo algodão (+41.085 t, ou +2,4%) e pelo sorgo (+28.470 t ou +25,1%, maior aumento percentual).

Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2024 devem vir do milho 1ª safra (-606.960 t ou -25,8%, também a maior redução percentual), da soja (-212.940 t ou -2,8%) e do milho 2ª safra (-63.990 t ou -8,6%).


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