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Produção de umbu cresce e Bahia lidera ranking nacional

Fruta se manteve como a maior entre os produtos não madeireiros da extração vegetal no estado

Fruto típico da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, e presente no norte de Minas Gerais e todo o Nordeste, no semiárido, a produção de umbu na Bahia cresceu 2,7% ou mais 150 toneladas, chegando a 5.753 t em 2022.
Foto: Reprodução/ Coopercuc

Fruto típico da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, e presente no norte de Minas Gerais e todo o Nordeste, no semiárido, a produção de umbu na Bahia cresceu 2,7% ou mais 150 toneladas, chegando a 5.753 t em 2022.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que o umbu se manteve como o maior entre os produtos não madeireiros da extração vegetal na Bahia.

De acordo com o IBGE, em 2022, o estado manteve a liderança nacional da produção de umbu e piaçava. No entanto, de 2021 para 2022, houve redução na quantidade de 7 dos 10 produtos não madeireiros da extração vegetal investigados na Bahia.

Segundo o instituto, dentre os 10 municípios com maior extração, 4 estão na Bahia, com destaques para Mirante (434 t, 4ª colocada nacional), Manoel Vitorino (364 t, 6ª colocada) e Brumado (338 t, 8ª colocada).

O estado de Minas Gerais produziu no total 5.139 toneladas, e ocupa a segunda posição, com destaque para o município de Espinosa que produziu 2.150 toneladas. Dos 20 maiores do país, 10 são baianos e 6 mineiros.

O umbu

De acordo com o site Slow Food Brasil, o nome da fruta vem do termo ymbu, da língua tupi, e significa “árvore que dá de beber”, em referência às suas raízes tuberosas (xilopódios), capazes de armazenar até 3 mil litros de água durante a estação das chuvas, garantindo a sobrevivência da árvore nos longos períodos de estiagem.

Segundo registros bibliográficos, os povos indígenas e sertanejos aproveitavam dessa característica da planta para matar a sede durante as viagens pelo território e como medicina caseira para o tratamento de diarreias, controle de verminoses, reposição de minerais e vitaminas. 

Árvore do umbu, umbuzeiro, presente no semiárido brasileiro e na Caatinga
Umbuzeiro impressiona pela grandiosidade e quantidade de frutos | Foto: Reprodução/ Secretaria de Desenvolvimento Rural Da Bahia (SDR)

Devido a presença de compostos fenólicos, ácido ascórbico, flavonoides, antocianinas e carotenoides, os frutos do umbuzeiro apresentaram atividade antioxidante, importante na prevenção de doenças crônicas e na manutenção da saúde.

Além disso, é fonte de vitaminas (B1, B2, B3, A e C) e minerais (cálcio, fósforo e ferro), possui atividade antibacteriana e anti-inflamatória.

Recuo da piaçava e castanha-de-caju

O levantamento do IBGE também mostra dados sobre outros produtos em destaque não madeireiros da extração vegetal como a piaçava, castanha de caju e licuri.

O recuo na produção de piaçava (menos 405 toneladas ou -8,1%, chegando a um volume de 4.623 t) foi o mais representativo, em termos absolutos.

Dos 10 municípios que mais extraem piaçava no país, 9 são baianos, com destaques para Canavieiras (850 t, 2ª colocada nacional), Nilo Peçanha (571 t, 3ª colocada) e Ituberá (477 t, 4ª colocada). A liderança nacional fica com o município de Barcelos, no Amazonas, que extraiu 2.000 t em 2022.

A Bahia também é líder nacional na extração de castanha-de-caju, com 571 toneladas produzidas em 2022 (57 toneladas a menos que em 2021, ou -9,1%), e licuri, com 1.012 toneladas (65 toneladas a mais que no ano anterior, ou +6,9%).

Dos 10 municípios com maior extração de castanha-de-caju, 5 estão na Bahia, com destaques para Sítio do Quinto (60 t, 3ª colocada no país), Tucano (58 t, 4ª colocada) e Jeremoabo (50 t, 5ª colocada). A liderança nacional fica com a cidade de Brejinho, em Pernambuco (79 t).

No caso do licuri, todos os 10 municípios com maior extração estão na Bahia, liderados por Cansanção (146 t), Serrolândia (129 t) e Monte Santo (122 t).


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