A preocupação dos produtores de sisal foi tema debatido entre autoridades nesta quarta-feira (18), em Brasília, durante reunião entre o secretário da agricultura da Bahia, Wallison Tum, deputados da comissão de agricultura da Assembleia Legislativa e o ministro da agricultura e pecuária, Carlos Fávaro.
A Bahia é o maior produtor de sisal do mundo, concentrando 90% de toda a produção nacional, sendo mais de 50% dela exportada para países da Ásia, Europa e América Central.
Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apontam que o estado baiano produz, em média, 140 mil toneladas de fibras de sisal por ano.
No entanto, nos últimos anos, os preços praticados pelo mercado têm desestimulado os produtores, que buscam soluções para continuar a atividade.
De acordo com a Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), do encontro, que teve a participação do senador Otto Alencar, ficou acertado que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai iniciar tratativas para reavaliar o valor mínimo estabelecido para o insumo, assim como a compra, pelo governo, do excedente da produção, como forma de auxiliar na melhoria dos preços praticados pelo mercado e garantir o escoamento da fibra.
Nova audiência
Segundo a Seagri, na próxima semana, uma nova audiência, desta vez com a Conab, discutirá os caminhos para efetivar os encaminhamentos tirados no Ministério.
“Fomos muito bem recebidos pelo ministro Carlos Fávaro e viemos trazer demandas legítimas dos produtores de sisal, que sofrem com a seca e com a falta de apoio governamental para manter a produção. Saímos daqui esperançosos com os encaminhamentos dados e acredito que, muito em breve, o Governo Federal vai iniciar a compra e o armazenamento do sisal baiano, garantindo o escoamento da produção”, afirmou o secretário Tum após o encontro em Brasília.
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