O projeto Algodão que Aquece, desenvolvido por mulheres do agronegócio desde 2018, no Oeste baiano, vai beneficiar 8 mil estudantes neste ano, em cerca de 25 escolas da cidade de Barreiras.
A iniciativa do Núcleo das Mulheres do Agro, já beneficiou mais de 25 mil crianças e jovens das escolas da região.
Em mais uma edição, o projeto vai contemplar os estudantes da rede municipal de ensino, com a doação de agasalhos 100% algodão e o desenvolvimento de uma ampla ação pedagógica e cultural.
“O projeto se resume na entrega de informações de qualidade sobre a cadeia produtiva do agro através de peças de teatro, animações e material impresso aos alunos. São realizadas também diversas atividades interdisciplinares nas escolas que esclarecem dúvidas e mostram a importância da agricultura”, conta Suzana Viccini, presidente da entidade e produtora rural.
O Núcleo já iniciou a atividade pedagógica junto às escolas e deve começar em junho as visitas para a distribuição dos agasalhos e execução das demais atividades do projeto, que incluem apresentação de filme e teatro para os estudantes até outubro.
Além do aspecto cultural, o projeto contempla ainda pilares como sustentabilidade e incentivo à preservação do meio ambiente.
Acontecerão também seminários para professores, palestras em escolas e visitas em áreas produtivas da cidade.
“Agradecemos ao Núcleo das Mulheres do Agro por esta iniciativa que acontece pela quarta vez em Barreiras. Aqui vemos a parceria público-privada beneficiando a educação, integrando a produção agrícola à sustentabilidade e ao aspecto social”, conta o secretário de educação de Barreiras, Jefferson Barbosa.
De acordo com a diretoria do Núcleo, alunos, professores, coordenadores, músicos e escolas serão premiados em diversas categorias no final da campanha de 2024.
“Muito mais do que a doação de um agasalho, plantamos entre as crianças, suas famílias e comunidade escolar uma semente de conhecimento que deve gerar oportunidades e possibilidades. Estamos no centro da riqueza produtiva do Matopiba. É justo que eles conheçam essa realidade e saibam que fazem parte de tudo isso”, destaca Suzana Viccini.
Algodão que Aquece
O projeto já percorreu mais de 12 mil km na região, passou por 8 cidades e beneficiou 220 escolas.
A iniciativa surgiu com uma tentativa de diminuir a evasão escolar na zona rural nos meses mais frios do ano na região, de junho a setembro.
“Notamos que, por conta do frio, as crianças faltavam muito à escola, o que impactava em seu desempenho. Tudo começou com a ideia da doação dos agasalhos para garantir a presença deles em sala de aula, mas também aproximá-los da cultura do algodão. Logo depois, o projeto foi crescendo e passou a abarcar a outras culturas, valorizando hoje a produção agrícola e a agricultura familiar da nossa região”, conta Suzana.
Com os mascotes Cadu e Nina, o projeto apresenta o universo da agricultura de uma forma descomplicada e divertida em uma das regiões mais pujantes de todo o Matopiba.O Oeste baiano tem uma área de 116 mil m² e inclui ao todo 24 municípios, produzindo cerca de 12 milhões de toneladas de grãos a cada safra.
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