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Bahia

‘Tesouro escondido’ do Matopiba mostra potencial produtivo e atrai investidores

Localidade desponta como uma das áreas mais produtivas da fronteira agrícola, com diversidade de culturas

Um tesouro escondido entre a Bahia e Goiás. É assim que os produtores rurais se referem ao distrito de Rosário, que fica dentro da área do município de Correntina, no extremo oeste baiano. Distante apenas 20 quilômetros de Posse, cidade goiana, o local já chegou a ser apontado como ponto de entrada do Matopiba, região agrícola que compreende áreas do Maranhão, Tocantins e Piauí, além da Bahia.

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“Nossa história começou na Bahia em 1988. Meu pai adquiriu um pedaço de terra aqui. Hoje a gente está em uma nova etapa dessa região. Estamos com produtividade de soja excelente, um nível de produtividade de algodão muito bom. É uma região muito promissora”, afirma o produtor Denilson Roberti, que tem mais de 3 mil hectares plantados no distrito de Rosário.

Denilson é um dos 32 atuais membros da Associação dos Produtores Rurais da Chapada do Rio Pratudão (Aprup), que inclui os municípios de Correntina, Jaborandi, Coribe e Cocos. Na área, inserida no bioma Cerrado, os grãos são o foco da produção.

“Essa região é um gigante adormecido no quesito de produção de alimentos” — Harald Kudiess

E foi por meio dos grãos que empresário e produtor Harald Kudiess começou a investir na região, junto com o mercado de sementes. “O principal braço é a produção de grãos. Eu diria que essa região é um gigante adormecido no quesito de produção de alimentos para o Brasil e para o mundo”, avalia ele.

Evolução do ‘tesouro escondido’ do Matopiba

soja
Foto: Canal Rural/reprodução

De acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área plantada de soja plantada no “tesouro escondido” do Matopiba cresceu mais de dez vezes ao longo dos últimos 30 anos, chegando a 371 mil hectares. A Agro Rosário, feira que acontece na fronteira agrícola já há uma década, é a prova de que o local vem atraindo cada vez mais produtores e empresários interessados em conhecer as especificidades da região e as possibilidades de investimentos.

“O evento começou como um dia de campo, onde a gente apresentava cultivares de soja. Começamos com duas empresas fazendo parte e hoje estamos com 142”, conta Álvaro Quarto, um dos membros da organização da Agro Rosário. Em 2023, a Agro Rosário recebeu, de 9 a 11 de março, empresas prestadoras de serviços e insumos voltados para o setor agropecuário.

Agrônomo e consultor que trabalha em diversos estados brasileiros, José Francisco da Cunha destaca as condições de solo e clima da região e os desafios para os produtores. “Existe a necessidade de estabelecer uma fertilidade melhor no solo e criar um perfil, porque é uma região que está sujeita a períodos de falta de chuva. O produtor daqui soube fazer esse investimento para garantir altos níveis de produtividade.”

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Editado por: Anderson Scardoelli.

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