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Brasília

A importância de controlar a salmonela na granja

Segundo médico veterinário, a imunização por meio de vacinas tem se mostrado, cada vez mais, uma medida efetiva de controle da doença

Apontado como um dos principais problemas em granjas e, consequentemente, de perdas econômicas, a salmonelose desperta atenção por conta dos riscos relacionados à saúde pública. Provocada por uma bactéria entérica muito adaptada às aves, a doença preocupa tanto pela ameaça de transmissão vertical quanto pela contaminação horizontal que ocorre nas granjas. “Por isso, seu controle é de extrema importância”, alerta o médico veterinário, Josias Vogt.

Segunda a empresa de saúde animal, hoje são conhecidas mais de 2,5 mil variedades, que possuem comportamentos biológicos diferentes. Há espécies como a Salmonella Gallinarum e a Salmonella Pullorum, causadoras de doenças clínicas nas aves, mas sem nenhum impacto na saúde dos seres humanos. Há ainda o grupo de salmonelas paratíficas, como, por exemplo, a Salmonella Typhimurium e a Salmonella Enteritidis, que, muitas vezes, são assintomáticas e não causam doenças nas aves, mas, quando contaminam a carne do animal ou os ovos, podem provocar infecções alimentares em humanos.

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Além disso, outro fator que dificulta seu controle é a capacidade que essa bactéria possui de adaptar um mecanismo de invasão e penetrar na célula do hospedeiro. Uma vez em seu interior, permanece por lá escondida sem que seu hospedeiro consiga destruí-la por meio de mecanismos imunes. Isso explica a dificuldade do controle da salmonela por meio do uso de antibióticos.

“A vacinação contra essa bactéria vem ganhando cada vez mais adeptos com cepas que promovem a proteção cruzada. Além de atuarem na redução da contaminação de carcaças no abatedouro, mostram-se uma alternativa economicamente viável para empresas produtoras de carne de frango”, acrescenta Vogt.

“As vacinas vivas bacterianas contra a salmonela, além de protegerem contra o patógeno, representam uma alternativa aos antimicrobianos e ativam a imunidade inata e adquirida das aves”, diz Vogt.

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