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Brasília

Brasília Ambiental flagra desmatamento e ameaça de invasão na Granja do Ipê

A tentativa de ocupação irregular ocorreu em Área de Relevante Interesse Ecológico

Agentes de Unidades de Conservação do Instituto Brasília Ambiental flagraram, neste domingo (26), desmatamento e tentativa de ocupação irregular para construção de casas de forma ilegal na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Granja do Ipê, que fica no Riacho Fundo II (DF). 

Segundo o Brasília Ambiental, os agentes foram, à tarde, no local e identificaram o responsável pela supressão vegetal, feita sem autorização, numa área de, aproximadamente, 3.000 m². Após verificação da falta de autorizações legais, o responsável foi encaminhado para a 27° Delegacia Polícia Civil, o caso está sendo apurado.

 A área que estava prestes a ser invadida é localizada na Zona de Proteção (ZP), indicada no Plano de Manejo da ARIE e encontra-se no perímetro do sítio arqueológico protegido pela Unidade de Conservação (UC).

O auditor fiscal Fernando Cortizo ressalta que a Superintendência de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento (Sufam) do Instituto vai proceder autuação administrativa do infrator com aplicações de sanções como aplicação de multa, advertência, dentre outras medidas, conforme o caso existir.

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 Granja do Ipê 

A ARIE é uma Unidade de Conservação de uso sustentável, criada pelo decreto nº 19.431, de 15/07/1998, com uma área de 1.143 m², e um perímetro de 16.550,59 metros. Faz fronteira com Núcleo Bandeirante, Park Way, Recanto das Emas e Riacho Fundo I, onde está preservada grande parte da biodiversidade do DF. É nela que nascem os córregos Capão Preto e Ipê, que juntos formam o Coqueiro, único afluente que leva ao Riacho Fundo I e ao Riacho Fundo II, água adequada para consumo.

Além da alta capacidade de abastecimento hídrico, a ARIE conta com flora e fauna exuberantes. Exemplares do Cerrado e espécies ameaçadas, como tamanduás bandeira e lobos guará, estão em toda a parte na UC. Nela há também pelo menos dois sítios arqueológicos pré-históricos, estudados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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