Brasília

CNA promove seminário preparatório para a COP27

Com o tema “o cenário das negociações para o agro”, evento virtual contou com palestras de representantes do Governo Federal e do terceiro setor

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta quarta-feira (28) o primeiro seminário preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, que acontece em novembro, no Egito. Com o tema “o cenário das negociações para o agro”, o evento foi realizado de forma virtual e contou com palestras de representantes do Governo Federal e do terceiro setor.

Na abertura do seminário, o presidente da CNA, João Martins, destacou o papel do País na produção sustentável de alimentos e os desafios para retomar o crescimento econômico do Brasil no cenário pós-pandemia. “Somos um país gigante em biodiversidade e sustentabilidade e, particularmente da atividade agropecuária, que se adequa à mais rigorosa legislação ambiental e pratica uma agricultura de baixa emissão de carbono”, declarou.

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, é o principal objetivo do acordo de Paris. De acordo com o sócio-diretor da Agroícone, Rodrigo Lima, o Brasil e mais 139 países apresentaram contribuições que incluem ações ligadas à agropecuária.

Isso significa que a agropecuária é absolutamente relevante dentro da agenda climática especialmente pelos impactos que ela sofre quando tem aumento de seca, mudança de precipitação de chuva, eventos climáticos extremos, incidência de pragas. então, existe uma preocupação enorme com adaptação, com estar preparado para esses efeitos climáticos extremos e não ter quebras de safra e produtividade.

Entre as metas propostas pelo Brasil, as propostas com impacto direto ao setor do agro, estão:

  • Implementar o novo código florestal;
  • Restaurar 12 milhões de hectares de florestas para usos múltiplos;
  • Zerar o desmatamento ilegal até 2030;
  • Compensar emissões do desmatamento legal;
  • Promover manejo florestal sustentável;
  • Restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;
  • Aprimorar o plano ABC;
  • Incentivar 5 milhões de hectares de integração de lavoura e pecuária com as florestas (ILPF);
  • Atingir 18% de biocombustíveis na matriz energética.

Está previsto ainda um segundo seminário preparatório no dia 18 de outubro. O objetivo é elaborar um documento para levar o posicionamento dos produtores nas negociações do acordo de Paris e mostrar as ações da agropecuária brasileira que conciliam produção de alimentos com sustentabilidade ambiental.