A dessecação pré-colheita da soja é uma prática importante para os sojicultores, pois promove a uniformidade de maturação e umidade da cultura da soja antes da colheita. Isso permite uma colheita mais fácil e eficiente, pois a secagem da soja e o controle de plantas daninhas aumenta o rendimento operacional do maquinário, evitando o “embuchamento” promovido por hastes e folhas verdes.
Segundo o doutor em proteção de plantas Vitor Muller Anunciato, ao dessecar as lavouras de soja, os agricultores também podem obter sementes de maior qualidade, pois os grãos terão um menor teor de umidade, evitando danos mecânicos e facilitando processos de secagem, armazenagem e transporte. “Isso pode resultar em maiores taxas de germinação de sementes e melhor viabilidade das sementes”. Segundo Muller a dessecação ainda pode permitir que agricultores programem sua colheita.
“O uso da dessecação pré-colheita também permite que os agricultores programem sua colheita no momento mais conveniente para eles, sendo que a dessecação pode antecipar a colheita em até cinco dias em média, facilitando a logística e a operacionalidade da colheita da soja e semeadura do milho segunda safra em algumas regiões do Brasil”, comenta.
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O estágio ideal para a dessecação pré-colheita da soja varia dependendo da cultivar específica e das condições de crescimento. De acordo com o especialista, em geral, a dessecação deve ser realizada quando a soja atingir o estágio de maturidade fisiológica, ou seja, quando as folhas começarem a amarelar e as vagens atingirem o tamanho máximo. Isso ocorre normalmente quando cerca de 80-90% das folhas estão amareladas e a umidade das sementes está em torno de 30-35%.
“Nesta etapa, a soja terá atingido seu potencial máximo de rendimento e o processo de secagem pode começar. Uma boa referência para esse ponto é quando as sementes de soja estão desprendidas das vagens, ponto ideal de dessecação para soja semente. Realizar a dessecação antes desse estágio de desenvolvimento pode gerar perdas de até 25% de produtividade, pois os grãos podem não estar completamente desenvolvidos”, completa Muller.
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