A partir de janeiro, o número de ministérios no Brasil saltará dos atuais 23 para 37.
Com o aumento confirmado por aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novas pastas serão criadas e outras recriadas.
Além disso, algumas estruturas irão sofrer com cisões no desenho de gestão a ser moldado pelo novo governo federal.
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As divisões devem impactar, por exemplo, o atual Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Parte do atual organograma fará parte do Ministério da Pesca, que, a saber, foi criado pelo próprio Lula em 2006, mas acabou extinto e incorporado ao Mapa em 2015.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (ou Agricultura Familiar) será outro desmembramento a ocorrer na Esplanada dos Ministérios.
A menos de uma semana da posse, Lula, contudo, ainda não confirmou os nomes de todos os seus ministros. Para a Agricultura, o nome dado como certo é o do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), mas ainda sem o anúncio oficial. Dos 37 ministérios, 16 ainda seguem com os titulares indefinidos — incluindo, a saber, as pastas da Pesca e do Desenvolvimento Agrário/Agricultura Familiar.
No caso da Pesca, o petista e ex-ministro da pasta Altemir Gregolin é tido como o favorito. Segundo informações apuradas pela reportagem do Canal Rural, outro membro do PT surge como o nome mais forte para assumir a nova versão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (mas que poderá ser oficialmente chamado de Agricultura Familiar e Alimentação Saudável): Edegar Pretto.
Cotado para se tornar ministro, Pretto está no final de seu terceiro mandato como deputado estadual no Rio Grande do Sul. Produtor rural, chegando a trabalhar na propriedade de sua família. Nas eleições deste ano, candidatou-se a governador, mas acabou na terceira colocação — recebeu 2 mil votos a menos que Eduardo Leite (PSDB).
Lula deve anunciar ministros da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca nesta quarta-feira (28).
Lista dos ministérios indefinidos
Com Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Agrário/Agricultura Familiar, confira a lista completa dos 16 ministérios que ainda não têm os futuros titulares confirmados por Lula:
- Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Cidades;
- Comunicação Social;
- Comunicações;
- Desenvolvimento Agrário/Agricultura Familiar;
- Esporte;
- Integração e Desenvolvimento Regional;
- Meio Ambiente;
- Minas e Energia;
- Pesca;
- Planejamento e Orçamento;
- Povos Indígenas;
- Previdência Social;
- Segurança Institucional;
- Transportes; e
- Turismo.
Os ministros já definidos
Até o início desta semana, o presidente eleito Lula havia anunciado os titulares dos seguintes ministérios:
- Advocacia-Geral da União (AGU) — Jorge Messias;
- Casa Civil — Rui Costa;
- Ciência e Tecnologia — Luciana Santos;
- Controladoria-Geral da União (CGU) — Vinícius Marques de Carvalho;
- Cultura — Margarete Menezes;
- Defesa — José Múcio Monteiro;
- Desenvolvimento Social — Wellington Dias;
- Direitos Humanos — Silvio Almeida;
- Educação — Camilo Santana;
- Fazenda — Fernando Haddad;
- Gestão — Esther Dweck;
- Igualdade Racial — Anielle Franco;
- Indústria e Comércio — Geraldo Alckmin;
- Justiça e Segurança Pública — Flávio Dino;
- Mulher — Aparecida Gonçalves;
- Portos e Aeroportos — Márcio França;
- Relações Exteriores — Mauro Vieira;
- Relações Institucionais — Alexandre Padilha;
- Saúde — Nísia Trindade;
- Secretaria Geral da Presidência — Márcio Macedo; e
- Trabalho — Luiz Marinho
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