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Brasília

Na ONU, Bolsonaro destaca produção agrícola do Brasil

No discurso que abriu a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (20), o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez referências ao seu governo, com falas que exaltam o agronegócio brasileiro

No discurso que abriu a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (20), o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez referências ao seu governo, com falas que exaltam o agronegócio brasileiro.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro mencionou a suficiência do Brasil em exportar alimentos para o mundo. O presidente citou que, há quatro décadas, o Brasil importava alimentos e que, hoje, é um dos maiores exportadores mundiais. Ele atribuiu o estágio atual a investimentos em ciência e inovação.

Bolsonaro destacou que o País já começou a colheita da maior safra de grãos da história – com estimativa de 270 milhões de toneladas para 2022 – e que o Brasil deverá tornar-se, em poucos anos, exportador de trigo.

“Como afirmou a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo”, disse.

Bolsonaro e meio ambiente

O presidente também tratou o Brasil como referência de sustentabilidade e defesa do meio ambiente, ressaltando que a indústria de biocombustíveis brasileira contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20: “Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050”.

De acordo com Bolsonaro, o Brasil possui capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa, por meio de biomassa, energia eólica terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas.

O presidente brasileiro também mencionou em seu discurso, o conflito na Ucrânia e defendeu o cessar-fogo imediato. Segundo ele, os impactos da guerra colocam o mundo na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e têm causado um grande impacto econômico nos preços de alimentos, combustíveis e de insumos.

Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a agenda do presidente em Nova Iorque prevê ainda encontros com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e com chefes de Estado de outros países.

A delegação brasileira também participará de reuniões sobre temas como desenvolvimento sustentável, educação, minorias étnicas, eliminação de armas nucleares, operações de paz, reforma do Conselho de Segurança, conflito na Ucrânia e mediação.

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