A colheita de soja avança em todo o Goiás e os produtores já começam a utilizar essas áreas para a semeadura do girassol. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta para as normas estabelecidas em Instrução Normativa para o prazo de semeadura, colheita e demais cuidados fitossanitários que devem ser observados durante o ciclo da cultura.
O objetivo dessas medidas fitossanitárias é evitar que nas áreas cultivadas com o girassol em sucessão à colheita da soja, as plantas voluntárias da soja (tiguera) venham a germinar nas entrelinhas da cultura do girassol e adentrem o período do vazio sanitário da soja, tendo em vista que não há herbicida seletivo para o girassol registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O prazo final para a semeadura é 31 de março, com a ressalva de que os plantios feitos a partir do dia 14 de março devem ser de cultivares de ciclo curto (até 105 dias) para que a colheita possa ocorrer até 15 de julho, prazo final estabelecido pela Normativa para conclusão da safra. Outro aspecto que precisa ser observado é o cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) em até 15 dias após o término da semeadura.
O presidente da Agrodefesa, José Essado, ressalta que o girassol é uma cultura de grande relevância econômica para Goiás, que é o maior produtor nacional. “As normas estabelecidas para a cultura do girassol estão fundamentadas em avaliações e pesquisas científicas e seu objetivo, além de diminuir a incidência da ferrugem asiática da soja, é contribuir para o bom desempenho das lavouras, em produção e produtividade, e respeitar o zoneamento agrícola de risco climático estabelecido pelo Ministério da Agricultura”, destaca ele.
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Cuidados importantes
Como os cultivos de girassol são feitos basicamente em áreas de soja, é natural que, ao longo do ciclo vegetativo, surjam plantas voluntárias de soja. Assim, é preciso que os produtores tenham cuidados também com as tigueras que podem se tornar hospedeiras do fungo causador da ferrugem asiática da soja.
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio e Silva, chama a atenção para a necessidade de eliminação das plantas de soja na cultura do girassol em até cinco dias após o término da colheita, conforme determina a Instrução Normativa. Ela adianta que o vazio sanitário da soja este ano deverá começar em 27 de junho e estender-se até 24 de setembro, período em que não pode ter planta de soja no campo. Contudo, nas áreas de girassol, cuja colheita pode se estender até dia 15 de julho, a tiguera é tolerada no local, mas precisa ser eliminada imediatamente após a retirada do girassol.
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