Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Brasília

Secretaria de Agricultura elabora ação para prevenir entrada de erva daninha no DF

Segundo a Seagri, os danos da praga são perdas de produtividade, aumento de custos e inviabilização da colheita

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) iniciou neste mês um monitoramento das áreas rurais do DF em busca de uma praga resistente. A caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) é uma planta daninha exótica considerada como praga quarentenária e teve seu primeiro relato no Brasil em 2015, no Mato Grosso.

A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, afirma que esse monitoramento das áreas agrícolas é essencial para a definição de estratégias de prevenção, controle da disseminação e se necessário, erradicação da praga. “Até o momento, não há evidências da existência da caruru-palmeri no DF”, esclarece.

“Quando as equipes da Defesa Agropecuária identificam plantas suspeitas de praga, coletam amostras, que são enviadas aos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura para análise e confirmação da espécie, que só pode ser feita em laboratório por meio de marcadores moleculares”, explica a subsecretária.

Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Seagri, Aramis Beltrami, a praga tem grande potencial de proliferação e pode acarretar grandes prejuízos econômicos. “Em função da sua resistência a herbicidas, aliado ao seu potencial de proliferação, essa praga pode causar prejuízos que vão desde o aumento do custo de produção, pela intensificação do uso de herbicidas, até a redução da produtividade nas lavouras”, afirma. “Por ser resistente aos principais herbicidas do mercado, e de fácil disseminação e de difícil controle”, destaca Beltrami.

Homem é preso suspeito de furtar cavalo e tentar vendê-lo por R$ 150 

Prevenção e controle

A prevenção da entrada da praga é importante para a sustentabilidade da agricultura local. O gerente da Seagri afirma que, segundo a Sociedade Americana de Ciência de Plantas Daninhas (WSSA, na sigla em inglês), a Amaranthus palmeri é classificada como a maior problemática dos Estados Unidos. “Os danos podem ir desde perdas de produtividade, passando por um aumento de custos e chegando até à inviabilização da colheita”, esclarece. “Há relatos de perdas elevadas em diversas culturas, chegando a cerca de 79% na soja e até 90% nas plantações de milho”, detalha Beltrami.

Para a subsecretária da Seagri, a cooperação dos produtores locais na identificação de possíveis ocorrências da praga é essencial. “A participação dos agricultores na prevenção e controle da praga é fundamental, pois eles conhecem suas lavouras e conseguem apontar eventuais plantas resistentes, em especial quando da senescência [alterações] das folhas da cultura da soja, por exemplo. Essa detecção precoce nos permite implementar ações para evitar a disseminação da praga”, conclui Danielle Araújo.

A Gerência de Sanidade Vegetal da Seagri elaborou um formulário para que produtores possam alertar a pasta caso encontrem a praga em sua propriedade. O documento apresenta imagens das plantas e alguns exemplos de práticas preventivas e de mitigação dos riscos contra a praga. Clique aqui para acessar o formulário.

Foto: Seagri

Práticas preventivas contra a caruru-palmeri

  1.  Limpeza rigorosa de máquinas e implementos, principalmente aqueles provenientes de áreas onde existem plantas de Amaranthus palmeri;
  2.  Uso de sementes de procedência, com garantia de não apresentarem sementes da praga quarentenária;
  3.  Monitoramento das áreas e imediata eliminação dos primeiros focos de contaminação ou plantas introduzidas por fezes de pássaros, animais silvestres e de criação. Evitar que plantas introduzidas produzam sementes;
  4. Eliminação dos focos em área marginais, tais como carreadores, beiras de cerca, terrenos não cultivados e culturas perenes;
  5. Uso de culturas que produzam alta taxa de crescimento e formação de palhada, tais como aveia, trigo, Brachiaria ruziziensis, em rotação de cultura;
  6. Adoção de manejo integrado, visando diversificar os métodos de controle, além do método químico, entre eles: rotação de culturas, rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, capina manual ou aplicação direcionada, em casos de focos iniciais;
  7. Utilização de herbicidas com ação em pré-emergência, e;
  8. Controle de plantas daninhas na entressafra.

Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp do Canal Rural Brasília e receba notícias em tempo real.

Sair da versão mobile