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Política

Senador Carlos Fávaro será o ministro da Agricultura de Lula

Parlamentar é filiado ao PSD, produtor rural e já foi vice-governador de Mato Grosso

A partir de janeiro de 2023, um cristão e produtor rural vai conduzir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Afinal, é dessa forma que o hoje senador Carlos Fávaro, do Partido Social Democrático (PSD) de Mato Grosso, se apresenta nas redes sociais. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o nome do parlamentar como futuro ministro na tarde desta quinta-feira (29).

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Fora Fávaro, Lula completou a lista que faltava para o primeiro escalão de seu novo governo. Assim, informou os nomes de outros 15 ministros nesta tarde. Antes, na última semana, o presidente eleito anunciou os titulares de outros 16 ministérios. Há três semanas, então sem definições para o setor agropecuário, ele havia confirmado cinco nomes para o primeiro escalão de seu novo governo: Fernando Haddad (Economia), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Rui Costa (Casa Civil). Posteriormente, coube a Costa anunciar que o número de ministérios subirá para 37.

Senador já era o favorito para o Mapa

ministério da agricultura - mapa - divulgacao
Foto: Mapa/divulgação

O nome de Carlos Fávaro para o Mapa confirma o que já era cogitado nos bastidores do poder. Nas últimas semanas, ele despontou como o favorito para assumir o cargo. O comentarista Miguel Daoud, do Canal, destacou na última sexta-feira (23) que “tudo indicava” que senador teria a missão de cuidar do agro na Esplanada dos Ministérios.

A cogitação em relação ao parlamentar ganhou, nesse sentido, ainda mais força com a movimentação política de seus dois suplentes. Então membros do PP e do MDB, Margareth Buzetti (1ª suplente) e José Lacerda (2º suplente), respectivamente, assinaram carta de filiação ao PSD — partido ao qual Fávaro já é filiado. Ou seja: em caso da confirmação para o ministério — como foi — o partido de Gilberto Kassab não perderia nenhuma cadeira no Senado.

Natural do Paraná, mas com base política em Mato Grosso

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Com 53 anos de idade e natural de Bela Vista do Paraíso, no norte do Paraná, o futuro ministro da Agricultura tem construído a sua trajetória política a partir de Mato Grosso, estado onde vive desde 1986. Em 2008 tentou, sem sucesso pelo PDT, se eleger vereador por Lucas do Rio Verde (MT), município onde sua família se baseou. Após se dedicar a entidades voltadas aos produtores rurais, foi eleito vice-governador mato-grossense na chapa encabeçada por Pedro Taques, em 2014, ocasião em que era filiado ao PP.

Após cumprir o mandato como vice-governador, Carlos Fávaro buscou, já pelo PSD de Gilberto Kassab, ocupar uma cadeira no Senado Federal. A tentativa inicial, no entanto, não foi exitosa. Isso porque no pleito de 2018, acabou na terceira colocação e ficou — momentaneamente — sem mandato. Dois anos depois, contudo, ele voltou a concorrer ao mesmo posto, em eleição suplementar realizada em virtude da cassação do mandato da então senadora Selma Arruda. Foi o mais votado entre 11 candidatos e, com 25,97% dos votos válidos, conquistou o direito de representar Mato Grosso no Congresso Nacional.

Carlos Fávaro: de produtor rural a ministro da Agricultura de Lula

Carlos Fávaro: do interior do Paraná para o comando do Mapa | Foto: Senado Federal

Aliado de Lula desde o primeiro turno das eleições gerais deste ano, o nome de Carlos Fávaro já era, todavia, cogitado para assumir o comando do Mapa. Para o ministério, além da experiência política, ele leva a bagagem de produtor rural e dirigente de entidades. Agricultor com histórico de se dedicar às culturas como arroz, milho, soja e sorgo, o futuro ministro foi:

  • Delegado da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT) — 2006;
  • Presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde (Cooperbio Verde) — 2007;
  • Delegado-coordenador da Aprosoja pelo município de Lucas do Rio Verde — 2008;
  • Vice-presidente da Aprosoja-MT e da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) — 2010; e
  • Presidente da Aprosoja-MT — eleito em 2012 e reeleito em 2014, mas teve que se licenciar para ser candidato a vice-governador de Mato Grosso.

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