EMERGÊNCIA

Interior de SP enfrenta surto de dengue com mais de 30 mil casos e 16 mortes

Governo estadual destina R$ 228 milhões para municípios; Noroeste Paulista é a mais afetada, concentrando quase metade das mortes confirmadas

Mosquito Aedes aegypti
A espécie transmite o vírus da dengue e também causa a febre chikungunya e o Zika vírus | Foto: Universidade Federal do Ceará

O interior de São Paulo vive uma grave situação de saúde pública devido ao surto de dengue. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 32 mil casos da doença e 16 mortes em todo o estado. A região do Noroeste Paulista, que inclui Araçatuba, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Araraquara e Ribeirão Preto, é a mais afetada, concentrando 25.850 casos e quase metade das mortes confirmadas.

Medidas

Para enfrentar a epidemia, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um repasse de R$ 228 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal), recurso destinado a apoiar as cidades no combate a doenças transmitidas por mosquitos. Além disso, foi criado o Centro de Operações de Emergências (COE), que coordenará estratégias e ações contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika.

O COE será composto por diversas secretarias estaduais, como Saúde, Educação, Meio Ambiente e Segurança Pública, além de contar com a participação do Exército e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde. A prioridade será planejar e executar ações como pulverização de áreas críticas, aquisição de equipamentos e reforço no combate ao mosquito.

“Desde o ano passado, o Estado tem adotado uma série de medidas preventivas. Além do repasse recorde do IGM SUS Paulista, vamos adquirir mais 100 equipamentos de nebulização portátil, totalizando 730 unidades, além de ampliar o número de máquinas pesadas para combate, que chegarão a 55 unidades,” afirmou o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva.

Dengue: sintomas e prevenção

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os principais sintomas incluem febre alta, dores no corpo, atrás dos olhos e nas articulações, além de manchas avermelhadas na pele e coceira.

Para evitar a proliferação do mosquito, é essencial:

  • Eliminar criadouros: esvaziar recipientes com água parada
  • Proteger-se contra picadas: usar repelente e roupas que cubram a pele
  • Adotar barreiras físicas: instalar telas em portas e janelas
  • Participar de ações comunitárias: contribuir com programas de controle de vetores.

Com a intensificação das medidas do governo e o apoio da população, a expectativa é conter a proliferação do mosquito e reduzir os impactos da doença no estado.