Nesta semana, o presidente Lula anunciou que quer editar um programa de financiamento destinado para aumentar e melhorar a capacidade de produção agrícola dos povos indígenas. Ele destacou ainda que a demarcação de terras indígenas também é prioridade na pauta do governo. Segundo o presidente, o Ministério dos Povos Indígenas e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) estão fazendo um levantamento de todas as terras que estão prontas para serem demarcadas, não apenas em relação à garantia dos direitos dos povos originários, mas também de segurança alimentar e de preservação ambiental.
Além disso, o país aguarda o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o marco temporal, para saber se as terras poderiam ser demarcadas a partir de 1988 — o que está na Constituição — ou antes disso. Cerca de 900 mil índios ocupam 12% do território nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, ainda existem 16 reservas para serem demarcadas.
Essa questão sobre demarcação de terras pautou o comentário de Miguel Daoud na edição desta terça-feira (14) do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva, ele afirmou que demarcar terras não soluciona a marginalização dos indígenas na sociedade brasileira. Para ele, é preciso que o poder público tire do papel políticas para prover a cidadania aos indígenas do país.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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