O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou a invasão de quatro propriedades no sul da Bahia na madrugada da última segunda-feira (27).
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De acordo com a organização, 1.700 famílias invadiram três propriedades da Suzano Papel e Celulose nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. Além disso, a Fazenda Limoeiro, no município de Jacobina, foi outra propriedade invadida.
O MST protesta contra o que qualifica de crescimento da monocultura de eucalipto na região e reivindica a desapropriação das áreas para fins de reforma agrária.
Mas para Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, a alegação por parte do grupo não tem justificativas. Para ele, a notícia nada mais do que representa uma “situação lamentável” que volta a levar temor a empresas e produtores rurais espalhados pelo Brasil.
“O agronegócio não tem outra saída a não ser o seu crescimento” — Miguel Daoud
“Não é função do movimento fazer isso”, disse Daoud sobre as invasões. “Estou muito preocupado, pois o agronegócio não tem outra saída a não ser o seu crescimento e a sua geração de riqueza pela agropecuária”, continuou o analista ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva durante a edição desta terça-feira (28) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Miguel Daoud fala em “omissão” de Lula diante das invasões do MST
Com as invasões de agora promovidas pelo MST e as da semana retrasada reivindicadas pela Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), Miguel Daoud cobrou ação por parte do governo federal. Nesse sentido, o comentarista avalia que o presidente da República está sendo omisso.
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“Isso jamais poderia acontecer” — Miguel Daoud
“Presidente Lula, o senhor não pode fazer isso”, afirmou Daoud em relação à alegada omissão do petista diante das invasões de propriedades rurais que voltaram a ganhar força no Brasil. “O senhor disse que o MST tinha mudado. E não mudou. Agora, eu pergunto para o senhor: qual vai ser a solução? O que será feito? Isso jamais poderia acontecer.”
Por fim, Daoud disse que, em sua visão, quem invade fazendas deve ser encarado da mesma forma de quem invadiu a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o prédio do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. “É a mesma coisa”, enfatizou.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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