A viúva do fazendeiro assassinado por um policial militar, em setembro deste ano, foi presa em Londrina, no interior do Paraná, nesta quinta-feira (24).
Elisângela Silva Paião, de 47 anos, responderá pelo crime de tentativa de homicídio qualificado.
A viúva é acusada de planejar o assassinato do marido, o fazendeiro Ailton Braz Paião, de 54 anos, atingido com quatro tiros e uma facada nas costas dias antes de ser morto no hospital.
O crime foi cometido por um policial militar em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, em setembro deste ano.
O agropecuarista foi morto a tiros pelo soldado da Polícia Militar Marco Francisco do Nascimento, 30, enquanto estava internado na Santa Casa de Presidente Prudente (SP), em setembro.
O soldado se matou com um tiro na sequência.
Dias antes, Paião havia sido atraído para uma emboscada e foi baleado.
Segundo a polícia, Elisângela e o soldado da PM mantinham um relacionamento extraconjugal.
Morte do fazendeiro
A esposa se tornou uma suspeita do crime logo nos primeiros dias após o assassinato do fazendeiro.
Segundo a Polícia Civil, o fato dela não ter comparecido ao velório chamou a atenção das autoridades para sua possível participação no homicídio e também na emboscada, ocorrida em 21 de setembro.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Henrique Bernardes Gasques, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial instaurado para investigar o assassinato de Ailton.
Elisângela e outro suspeito foram indiciados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado e a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva.
“A viúva se apresentou em uma delegacia em Londrina e vai ficar na cadeia pública feminina do município”, afirmou o delegado ao jornal O Imparcial.
Na época, a polícia passou a especular que Elisângela teria um relacionamento extraconjugal com o agente.