Agricultura

Armadilha na lavoura é nova estratégia contra a cigarrinha do milho

Segundo os pesquisadores, são necessários estudos profundos e constantes sobre a incidência da doença

O milho, que é um dos principais ativos da produção agrícola do Paraná, vem sofrendo forte impacto com ataque da cigarrinha nos últimos anos. O enfezamento tem potencial de causar grandes prejuízos e, por isso, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) do estado está avançando nos estudos para entender melhor o desenvolvimento da doença. A estratégia agora é a instalação de armadilhas.

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Segundo os pesquisadores, são necessários estudos profundos e constantes sobre a incidência da cigarrinha nas lavouras de milho no Paraná para, assim, entender a dinâmica populacional e a distribuição da doença no estado. Para conter o ataque, a estratégia conta com armadilhas, que são nomeadas de piso amarelo colante. Ela faz com que os insetos fiquem colados a ela. Consequentemente, em cada uma delas o material é instalado estrategicamente em regiões de alta e baixa pressão da doença.

Após a instalação, são feitas leituras semanais e os insetos são retirados e enviados para laboratório para análise da evolução da doença em cada região do Paraná. Segundo a Adapar, com o método, vai ser possível avaliar o comportamento do ataque e o grau de infectividade pelos enfezamentos.

Análise das armadilhas contra a cigarrinha do milho

cigarrinha do milho
Foto: Sistema Faep

Coordenador do programa de vigilância e prevenção de pragas da Adapar, Marcílio Martins Araújo destaca que o estudo sobre as armadilhas tem analisado os tipos de cigarrinha que tem atacado as plantações de milho espalhadas pelo Paraná. “Para ver a correlação entre inseto infectado e material do campo. Neste ano está um pouco diferente, outros anos era enfezamento pálido que era primordial e o que mais ocorria. Neste ano é o fitoplasma, o enfezamento vermelho.”

“A gente precisa também entender a dinâmica das populações da cigarrinha decorrentes do milho tiguera” — Marcílio Martins Araújo

“A gente quer que o milho tiguera, ou plantas voluntárias de milho sejam eliminadas das lavouras”, prossegue o executivo da Adapar. “Mas para isso a gente precisa também entender a dinâmica das populações da cigarrinha decorrentes do milho tiguera”, complementa Araújo.

Os sistemas de produção de milho envolvem duas safras, o milho verão e o safrinha. O estado do Paraná observa a dificuldade de controle de plantas que crescem de forma voluntária durante o ano e são exatamente elas que favorecem a permanências do vetor do enfezamento. Por causa disso, a Adapar está estudando junto com o setor produtivo, com universidades e demais órgãos de pesquisa a implantação de uma legislação para a eliminação do milho tiguera no estado.

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