O início de junho mais seco, mas mantendo a umidade no solo, tem favorecido o plantio de trigo no Paraná.
A ausência de chuvas também ajuda na colheita e na qualidade do feijão.
Essas são duas das culturas agropecuárias comentadas pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 2 a 7 de junho.
O trigo, principal cultura do outono/inverno paranaense, já está semeado em 75% da área estimada de 1,38 milhão de hectares.
A umidade que se manteve no solo após chuvas no final de maio e a presença do sol no momento imediatamente posterior foram benéficos e permitiram o avanço dos trabalhos no campo.
No entanto, os produtores de trigo começam a se preocupar com a rentabilidade financeira.
Em maio a saca valia R$ 69,01 em média, ou 30% inferior aos R$ 98,60 do mesmo mês no ano passado. Esse valor é também inferior aos custos variáveis para produzir a saca, calculados em R$ 73,21.
Outras culturas
Os produtores de feijão já colheram 54% dos 299 mil hectares cultivados. Ainda que a falta de chuvas ajude nesse processo e na qualidade do produto colhido, as lavouras que em maio estavam em fases que necessitavam de umidade tiveram redução na produtividade, segundo os técnicos de campo.
O preço do feijão está em queda contínua tanto para o produtor quanto no atacado, resultado do aumento da oferta neste período.
Na última semana o feijão tipo cores foi vendido no atacado a R$ 215,00 o fardo de 30 quilos, com queda de 7% no período de uma semana. Já o preto ficou em R$ 145,00, redução de 2%.
Para o desenvolvimento do milho, a falta de chuvas é prejudicial, podendo influenciar na produtividade.
Nesta semana 85% da área tem condição boa, 13%, mediana e 2%, ruim. As primeiras colheitas do milho segunda safra já podem ser verificadas em alguns pontos da região Sul.