Os portos do Paraná registraram alta de 90% na movimentação de trigo (importação e exportação) nos primeiros seis meses deste ano, quando comparado ao primeiro semestre de 2023. O total movimentado foi de 343.679 toneladas de trigo, sendo 171.830 toneladas exportadas e outras 171.849 toneladas importadas. Nos primeiros seis meses de 2023, o total da movimentação foi de 180.251 toneladas de trigo, sendo 45.644 toneladas exportadas e 134.607 toneladas importadas do cereal.
A performance nos dois fluxos de comércio reflete um cenário de produção em alta, mas de um trigo com qualidade inferior, sem qualidade de panificação. “Isso faz com que o Brasil exporte parte da produção, que será utilizada como ração em outros países e, ao mesmo tempo, precise importar trigo com a qualidade necessária para atender a demanda interna”, explica Giovani Ferreira, analista do AgroExport, quadro semanal exibido no telejornal Mercado e Companhia, no Canal Rural TV.
Historicamente o Brasil precisa importar trigo para atender a demanda interna. Atualmente o consumo doméstico está na casa das 12 milhões de toneladas, para uma produção que em 2024 deve atingir 9,06 milhões de toneladas, segundo estimativa da Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento.
Conforme a Conab, entre 2012 e 2020 a produção anual do cereal ficou entre 5 milhões e 6 milhões de toneladas. O ganho de produção vem ocorrendo nos últimos anos, com 7,6 milhões de toneladas em 2021, passando para 10,5 milhões em 2022 e 8,09 milhões em 2023.