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Corrida no Porto de Paranaguá reúne 1,7 mil atletas

Único porto no mundo a receber uma corrida esportiva, destinará valor das inscrições a gaúchos atingidos pela enchente

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Corrida do Porto 2024. | Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná

Açúcar, soja, contêineres e corrida. O Porto de Paranaguá, no Paraná, viveu um dia agitado neste domingo, 9 de junho. O produto em questão desta vez foi saúde física, esporte e caridade. Não foi por navio, mas em terra mesmo. Os pátios, sempre acostumados com a movimentação graneleira e de inúmeros produtos, receberam uma corrida esportiva, pela segunda vez. Além de dar oportunidade aos amantes do esporte de praticarem num lugar inusitado e com paisagem marítima, o evento também arrecadou alimentos e os valores das inscrições para comunidades vulneráveis do Litoral paranaense e para as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul.

Mais de 1,7 mil pessoas participaram da segunda edição da corrida, a única no mundo a acontecer dentro do cais.

“É uma forma descontraída de comemorarmos os 89 anos do Porto, que está aqui para prover não só infraestrutura, mas também um momento de concentração, de alegria, e principalmente um momento em família”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O evento rendeu 20 toneladas de alimentos para as comunidades vulneráveis do Litoral do Paraná e R$ 75 mil para a população atingida do Rio Grande do Sul.

Neste ano, novas áreas foram incluídas no trajeto ao longo do Porto de Paranaguá e os esportistas puderam participar de três modalidades: caminhada, corrida de 5 ou 10km. Para a segurança dos participantes, as atividades portuárias foram suspensas por seis horas ao longo do trajeto. A segunda edição também contou com a participação de atletas da ONG Pernas Solidárias, que visa a inclusão de pessoas com deficiência em corridas de rua.

“Ao longo de todo o ano, nós geramos a economia do estado, uma movimentação recorde e, nesse dia, temos a oportunidade de compartilhar a beleza da baía de Paranaguá com essa magnitude que é a estrutura do porto”, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.

O porteiro Davi Altino comemorou a segunda vitória seguida na Corrida do Porto. Vencedor nos 10km, na primeira edição ele venceu na categoria 5km. Na categoria feminina de 10km, a vitoriosa foi a farmacêutica e digital influencer, Thalya Hillebrant. “O clima estava super bom, a paisagem linda, a vibe das pessoas incrível. E eu acabei fazendo o meu melhor tempo nos 10Km. Com certeza essa prova vai ficar pra história. Foi uma das melhores provas da minha vida”, destacou Thalya.

“É a primeira vez que eu corro aqui dentro do porto e foi uma sensação única, que eu vou guardar na memória”

Kellen Miguel, vencedora da categoria 5 km.

“Eu gostei bastante da prova. O percurso bem plano, é bom pra fazer um tempo bacana”, declarou o treinador, Cristiano Ribeiro, vitorioso na categoria 5km.

“Foi muito bom, você vai apreciando a paisagem. Teve uma hora que o trem apitou na largada e, nossa, arrepiou”, disse Dalva Aparecida Salles, 69 anos, vencedora na categoria 5km faixa etária 65.

Alta na movimentação de cargas

Passando da corrida à tradicional movimentação de importações e exportações do Porto, de janeiro a maio e 2024, a Portos do Paraná (Paranaguá e Antonina) registrou crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 25,22 milhões de toneladas para 27,19 milhões de toneladas.

O aumento foi principalmente por conta da soja, cuja movimentação cresceu de 5,74 milhões de toneladas (jan/maio de 2023) para 6,38 milhões de toneladas (jan/maio de 2024), gerando aumento de 11%. E também pelo açúcar, que registrou aumento de 104%, passando de 1,08 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2023, para 2,21 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

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