A descarbonização do ecossistema brasileiro tem tido um braço forte: o biogás.
A gestão de resíduos em 2021 resultou em 2,3 bilhões de metros cúbicos de biogás – aumento de 10% em relação a 2020.
Para 2022, o crescimento esperado é ainda maior, podendo chegar a mais de 20%, o que representa cerca de 2,8 bilhões de metros cúbicos de biogás, com incremento de mais 56 plantas que estavam em reforma ou implantação no país.
Segundo dados do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), o território brasileiro tem potencial para gerar 84 bilhões de metros cúbicos em 12 meses, mas a utilização atual é de apenas 2,7 bilhões.
“Para a gente poder crescer, utilizar esse potencial do Brasil, a gente precisa de políticas públicas e um dos pontos que a gente ainda precisa evoluir é exatamente a possibilidade de equalização das tarifas dos impostos, especialmente dos impostos, frente a outros combustíveis que são fósseis, de emissões. O biogás por ter essa capacidade de descarbonização, a gente acredita que as políticas públicas daqui pra frente podem permitir uma equalização do ponto de vista tributário, para que seja cada vez mais competitivo esse combustível essa energia no país. a gente já tem políticas públicas desenvolvidas, já criaram regulações da geração distribuída, mas agora a gente precisa de políticas de incentivo, não são políticas de subsídio, são políticas de incentivo”, afirma Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás.
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O Paraná é líder nacional em sustentabilidade ambiental no ranking de competitividade dos estados publicado pelo centro de liderança pública. Em 2021, 87% das plantas em operação destinaram 71% do volume de biogás brasileiro para geração de energia elétrica.
A Frimesa Cooperativa Central, por exemplo, abate 6,9 mil suínos por dia, gerando um volume de 250 metros cúbicos por hora de dejetos.
Na transformação do passivo ambiental, que é o conjunto das obrigações que as empresas têm com a preservação do meio ambiente, o resultado é de 6 mil metros cúbicos nos biodigestores que são convertidos em energia térmica e que está sendo utilizada para a chamuscagem de suínos.
Além da redução na emissão de gases de efeito estufa, a gestão de resíduos é transformada em economia.
De acordo com a supervisora do ambiental da Frimesa, Andrieli Schulz, além de ser mais sustentável, o retorno do investimento em biogás é rápido.
