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FOGO

Incêndios em vegetação aumentaram 132% no PR em relação a 2023

Corpo de Bombeiros já atendeu mais de 9,3 mil incêndios florestais em 2024

Fogo em vegetação e militar do Corpo de Bombeiros
Maria Helena, um dos municípios atingidos no PR. Foto: CBMPR

O Corpo de Bombeiros do Paraná registrou um aumento de 132% nas ocorrências de incêndios florestais ou em vegetação em 2024. São 9,3 mil registros, contra 4 mil no mesmo período de 2023. Temperatura elevada, baixa humidade relativa do ar e chuvas escassas estariam contribuindo para a proliferação do fogo, a exemplo do ocorrido na semana passada na região da Ilha Grande e Alto Paraíso, no Noroeste do estado.

“Esse aumento preocupa, pois não se refere apenas ao quantitativo, mas à área queimada e à quantidade de dias destinados no combate a incêndios florestais. Neste ano, condições climáticas estão favorecendo essa propagação do incêndio e dificultando sua extinção”, explica a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal do CBMPR.

Agosto é um mês que historicamente costuma ter estatísticas elevadas nesse quesito. Em 2024, porém, tem sido especialmente severo. Até o dia 22, o Corpo de Bombeiros recebeu 2.274 chamados desse tipo. Comparativamente, em todo o mês de agosto de 2023 foram 955. Em Maria Helena, região de Umuarama, o fogo consumiu boa parte de uma Área de Preservação Permanente Ecológica (APP). Cianorte, que ainda tinha alguns focos isolados aparecendo no fim da última semana, e o Parque de Vila Velha, nos Campos Gerais, também sofreram com a força das chamas neste mês.

A chegada da La Niña, prevista para setembro, é uma das preocupações para o ano. Embora deva ser mais ameno do que o projetado inicialmente, o fenômeno deixará o ambiente mais seco, propiciando o aparecimento dos focos de incêndio.

“O Paraná teve a influência da La Niña entre 2019 e 2021. Foram anos que tivemos média de mais de 12 mil ocorrências florestais por ano – em um ano normal seriam 5 mil”, afirmou a capitã Luisiana. “Como os modelos climatológicos indicam que no final de agosto já poderemos ter influência da La Niña, há uma preocupação de que esses incêndios florestais sejam ainda mais frequentes e com maior potencial de propagação. Pelo menos até outubro, quando os números costumam diminuir”.

Assim, a projeção é que o fogo em áreas de vegetação continue dando trabalho extra aos bombeiros em 2024. “O Corpo de Bombeiros se prepara para manter atendimento de ocorrências de incêndios florestais com número elevado, uma vez que as condições climatológicas (Simepar) seguirão propensas aos riscos de incêndios florestais”, disse a capitã.

CAUSAS – As condições do clima, os tipos de terreno e vegetação podem ajudar a propagar incêndios florestais com maior ou menor velocidade. Mas as principais causas para essas ocorrências, segundo estudos científicos, é a intervenção humana. Em torno de 90% dos incêndios florestais surgem por ação do homem, de modo intencional ou não intencional.

Para ajudar a evitar esse tipo de desastre ambiental, é possível tomar algumas medidas, como destinar o lixo para locais apropriados; não fazer queima de lixo, de restos de folhas e galhos; não utilizar o fogo para limpeza de terreno; ao utilizar fogueira, certificar-se que ao final a mesma foi apagada com água ou terra; não soltar balões.

As principais causas para essas ocorrências, segundo estudos científicos, é a intervenção humana. Em torno de 90% dos incêndios florestais surgem por ação do homem, de modo intencional ou não intencional.

“Em caso de se deparar com uma queimada de pequeno porte, tente apagá-la com balde de água ou mangueira de jardim; caso a mesma esteja gerando risco, chame imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193”, afirmou a capitã Luisiana.

PLANEJAMENTO – Como parte da Operação Quati João, que anualmente é organizada pelo CBMPR para promover a prevenção e o combate a incêndios florestais, a Corporação tem realizado reuniões periódicas com entidades civis e governamentais. Nesses encontros, são feitas atualizações dos cenários meteorológicos, com apoio do Simepar, apresentados os casos mais recentes de incêndios florestais e discutidas estratégias de atuação para o período seguinte. (Colaborou AEN).

Saiba mais sobre prevenção em: www.paranacontraincendioflorestal.com

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