A primeira edição do Inovameat começou nesta quinta-feira (31), em Toledo, no Oeste do Paraná.
O evento, que já é considerado um dos principais encontros de proteína animal do estado, vai até sábado (2).
Na programação, além dos painéis e cursos para os segmentos das principais cadeias de produção animal (suínos, aves, leite e peixe), há também rodada de negócios.
A nova geração e as transformações no ambiente profissional foi o tema de abertura.
O Mapa Conecta Proteína Animal, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), participa com 20 startups selecionadas que vão trazer iniciativas inovadoras com portfólios de soluções para o setor.
Serão mais de 40 temas, os conteúdos foram gerados para toda a cadeia produtiva de proteína animal, de acordo com as demandas de cada atividade, sendo um dos objetivos a eficiência e sustentabilidade de todo processo produtivo através da inovação. Carreira, mulheres no agro e sucessão familiar também serão discutidos.
Suinocultura
O Inovameat vai apresentar as novas tecnologias para tratamento de dejetos, inovação no manejo e destinação de carcaças.
O pesquisador Osmar Dalla Costa, da Embrapa Suínos e Aves, vai abordar o bem-estar animal e a capacitação para abate humanitário. “É um dos temas mais discutidos dentro dos protocolos internacionais de bem estar animal. Hoje o que temos que trabalhar mais é a qualificação da mão de obra e superar falhas de procedimento. Nós dizemos que temos que produzir um alimento ético, que é um alimento saudável, que respeita o meio ambiente e que seja sustentável de qualidade e que tenha segurança”, disse Dalla Costa.
A Embrapa Suínos e Aves também vai abordar a produção sustentável e as tendências de consumo. A pesquisadora Vivian Feddern levanta os impactos e perspectivas na produção de carne cultivada no painel.
“Então é retirada a célula do animal, ele continua vivo. E estas células são crescidas, em biorreatores. Então você vai ter um meio de cultivo, esse meio de cultivo vai ser rico em nutrientes, essas células, elas vão crescer vão ser nutridas e vão ter um aspecto de uma carne normal, só que elas não vão usar antibióticos, elas não vão levar dois anos pra um boi ficar a pasto, elas vão ser feitas de 25 a 30 dias. Então aí vai ter vários diferenciais né, além do impacto ambiental ser muito menor”, lembrou a pesquisadora.
Na piscicultura, a evolução da melhoria genética da tilápia é um dos destaques.
Estão programados temas de interesse do produtor e da indústria, como a automatização na ambiência de granjas aviárias, biosseguridade no manejo de aves de corte e a transformação de dejetos das granjas em energia limpa, o biogás.
O melhoramento genético e a produção de pastagens para melhor qualidade da nutrição é a pauta na bovinocultura de leite.
No sábado o evento será aberto ao público com demonstrações gastronômicas que vão proporcionar a experiência do sabor com pratos diversos à base de proteína animal, como sorvete de tilápia e chopp de bacon.