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CONSEQUÊNCIAS

Lavouras de trigo, soja e milho são afetadas pelas chuvas no PR

As chuvas acima da média registradas em outubro no Paraná provocaram perdas na qualidade da produção agropecuária do estado

As chuvas acima da média registradas em outubro no Paraná provocaram perdas na qualidade da produção agropecuária do estado, que ainda estão sendo contabilizadas no campo.

As lavouras de trigo à espera da colheita tiveram piora nas condições. Atualmente 42% das áreas restantes são classificadas como boas, ante 65% da semana anterior.

Os dados constam do Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 27 de outubro a 1.º de novembro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Segundo o boletim, a maior parte das áreas que eram boas foi reclassificada para condições médias e passou para 44%. Na semana anterior estava em 30%. Já a área de 5% que era considerada ruim elevou-se agora para 14%. Diante disso, é possível que a última previsão, de 3,86 milhões de toneladas, seja rebaixada.

A colheita do trigo avançou de 84% da área de 1,4 milhão de hectares para 89% durante esta semana. No entanto, também em função das chuvas fortes e intermitentes, a qualidade foi considerada péssima, de forma geral, situação que pode se manter nas colheitas próximas.

Soja e milho também são afetados

As primeiras safras de soja e milho, que estão sendo plantadas, também sofreram com as condições climáticas, embora os impactos sejam pontuais. A soja ainda mantém 92% das lavouras em situação boa, 7% em condições médias e 1%, ruins.

O milho sentiu mais as chuvas de outubro, primeiro por ter sido plantado antes da soja e, depois, por estar concentrado mais ao sul do Estado, onde as precipitações foram mais abundantes. Do que está a campo, 83% têm condições boas, 15%, medianas, e 2%, ruins.

Feijão também é prejudicado por chuvas

O excesso de umidade fez com que o feijão que já está semeado perdesse qualidade. Em relação à semana anterior, as áreas em condições ruins subiram de 1% para 3%, as médias passaram de 17% para 24%, enquanto as que estão em situação boa baixaram de 82% para 73%.

O plantio já atingiu 83% da área estimada de 111,4 mil hectares, aquém do desejável. A alta umidade do solo dificulta a entrada de máquinas e, onde é possível o trabalho, a prioridade é para a soja. O Núcleo Regional de União da Vitória, no Sul, não conseguiu evoluir na semeadura e metade das áreas plantadas foram classificadas como ruins.

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