Em julho, primeiro mês do Plano Safra 2022/23, a contratação de crédito rural superou a cifra de R$ 33 bilhões, segundo o levantamento realizado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil.
O valor total disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) para o atual ciclo foi de R$ 340,8 bilhões.
Vale destacar que a maior parte dos recursos usados para contratação teve origem na poupança rural (55%); recursos obrigatórios (20%); recursos com taxas livres (16%); fundos constitucionais (6%) e BNDES equalizável (3%).
Cooperativas
Ainda de acordo com a Getec, no primeiro mês do novo Plano Safra, as cooperativas brasileiras captaram R$ 2,4 bilhões, sendo a maior parte destinados apenas para à industrialização e custeio, nesta ordem de importância.
Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 0,90 bilhões, representando, no Plano Safra, mais de 40% dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos de industrialização e custeio.
“Essa captação de recursos poderia ser ainda maior se existisse uma disponibilidade orçamentária em instituições financeiras que as cooperativas já possuem relações e se as taxas de juros fossem mais atrativas. Entretanto, apesar das adversidades impostas pelo cenário econômico, as cooperativas paranaenses acreditam que a agregação de valor seja o fator diferencial para expandir mercado e suas margens de lucros, consequentemente”, afirma o analista de Desenvolvimento Técnico da área de mercado da Getec, Salatiel Turra.
Verifica-se também que a captação total de recurso na política do crédito rural, em julho da safra 2022/23, apresentou um forte crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
“Contudo, dado o aumento do custo de produção provocado pelo cenário econômico, o volume captado até o momento é relevante. Porém, poderia ser maior se as taxas de juros fossem menores”, destaca Turra.