Os produtores de uva do Paraná já trabalham na colheita da fruta. A atividade se estende de janeiro a março, dependendo da região e da cultivar. O estado é o sexto maior produtor nacional da quinta fruta mais produzida no mundo. Os dados estão no primeiro Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária de 2022, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura.
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De acordo com a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), das Nações Unidas, em 2019 o o Brasil foi responsável por 1,4 milhão de toneladas de uva, o que corresponde a 1,9% da produção mundial, colhidas em 73,7 mil hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2020, o Rio Grande do Sul liderou a produção nacional que se estendeu por 19 unidades da Federação, com 51,2% do volume. O RS é seguido por Pernambuco (24,4%) e São Paulo (10,4%).
Na sexta posição, o Paraná colheu 53,2 mil toneladas de uvas em 3,6 mil hectares em 2020, o que representa 3,8% da produção brasileira. Entre 2011 e o ano passado, influenciado pelo reposicionamento da viticultura de mesa no país, o Paraná teve redução de 41,5% na área plantada e de 49,3% em volumes colhidos.
Mas as uvas rústicas, destinadas à transformação agroindustrial, que representavam um quinto da produção no período citado, foram responsáveis por 39,9% do volume em 2021, o que aponta para novo posicionamento no estado.
As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa/PR) tiveram 14,4 mil toneladas de uvas vendidas no ano passado, com preço médio de R$ 6,63 o quilo, alavancando movimentação financeira de R$ 95,4 milhões. Já os produtores paranaenses de uva fina de mesa receberam, na média anual, R$ 5,89 pelo quilo. Do volume comercializado, 33,5% são do Paraná e 30,2%, de São Paulo.
Segundo a FAO as uvas participaram com 8% das 968,9 milhões de toneladas de frutas colhidas em 2019. Elas cobriram 6,9 milhões de hectares distribuídos em 91 países e renderam 77,1 milhões de toneladas. Na liderança aparece a China, com 10,8% da safra mundial, seguida da Itália (10,2%) e Estados Unidos (8,1%).