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COP26

Portos do Paraná é única autoridade portuária do mundo na COP26

Em dois painéis, a Portos do Paraná apresentou esforços para a recuperação de áreas degradadas, projetos futuros e monitoramentos ambientais

A Portos do Paraná foi novamente a única autoridade portuária do mundo convidada a participar da Conferência das Partes sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas, a COP26. Como ocorreu em 2019, em Madri, na Espanha, apenas a empresa pública paranaense representa o setor no evento, em Glasgow, no Reino Unido.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, ressalta que o convite para participar na COP26 é uma forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido pela empresa pública na área ambiental.

“Fomos, novamente, a única autoridade portuária entre todas do mundo a ser convidada a palestrar em um evento da ONU. Isso demonstra que, além de ser reconhecidos no Brasil como a melhor gestão pública portuária, pelo Ministério da Infraestrutura, também somos vistos no Exterior pelo trabalho na área ambiental”, explica.

Representada pelo diretor de Meio Ambiente, João Paulo Santana, a empresa pública apresentou dois painéis em um dos eventos paralelos oficiais, ambos dia 3 de novembro: o primeiro sobre “Modelos comprovados que aceleram o progresso de toda a indústria para atingir as metas climáticas e de sistemas alimentares” e o segundo com o tema “Definindo o futuro das finanças sustentáveis e dos investimentos sociais e ambientais”, demonstrando a busca por novas alternativas para o desenvolvimento sustentável.

Porto na COP

Segundo Santana, a missão da Portos do Paraná na COP26 é compartilhar com o mundo as ações que estão sendo feitas no litoral paranaense. “Em especial, vamos mostrar o programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), que está sendo implantado ao redor da Baía de Paranaguá, no município de Antonina”, diz.

“Paralelamente, apresentamos um projeto que está saindo do papel, o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a construção de uma usina biodigestora de grãos, no Porto de Paranaguá, com objetivo de produzir energia elétrica e também biogás”, completa.

Ele afirma ainda que serão mostradas aos participantes do evento as ações para ao futuro. “Por último, apresentamos a assinatura da carta de compromissos que foi firmada com o Parque Tecnológico de Itaipu, para fazer os estudos da implantação de uma usina de hidrogênio verde dentro do Porto de Paranaguá”, conta Santana.

Matriz energética

Para o diretor de Meio Ambiente, a participação da Portos do Paraná também se faz necessária para acompanhar as discussões que estão acontecendo em âmbito mundial, em especial no que tange ao financiamento às mudanças da matriz energética planetária.

Portos-do-Paraná-COP26
Foto: Portos do Paraná

“Sabem da necessidade de mudarmos nossas atividades para utilizar energia que não seja proveniente de combustíveis fósseis, para diminuir a emissão de gases de efeito estufa e reduzir as mudanças climáticas do planeta”, salienta Santana.

Projeto

Apresentado na COP25, o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) já está em atividade no entorno das baías de Paranaguá e Antonina, em parceria com a comunidade local. Nas bacias do Rio Cachoeira e do Rio Cacatu é efetuado o serviço, através de catálogo e diálogo com famílias, que têm suas propriedades com áreas a degradadas, em especial mata ciliar.

O objetivo é recuperar esses locais e monitorar o quanto de sedimento é evitado de ser transportado para dentro da baía. Ou seja, a Portos do Paraná está planejando diminuir o assoreamento através da recuperação de mata ciliar, que ao crescer vai contribuir com o sequestro do carbono, segurar o sedimento no local e, no futuro, economizar com dragagem.

Outro projeto apresentado na conferência é a construção de uma usina de biodigestão de resíduos orgânicos no Porto de Paranaguá, alimentada com o material que hoje é varrido da zona portuária e encaminhado para o aterro sanitário. Esse produto gera no local gases de efeito estufa, além de liberar carbono durante a logística de varrição, transporte e disposição no local.

O estudo de viabilidade técnica está sendo elaborado em parceria com a empresa CI Biogás, localizada dentro do Parque Tecnológico da Itaipu Binacional, sem fins lucrativos, com expertise em estudos de viabilidade de plantas de biogás.

Para Santana, os projetos futuros se intercalam, já que a obtenção de energia através da biodigestão vai gerar digestato (resíduo da biodigestão), que tem previsão de ser utilizado na implantação do Prad junto às comunidades. “Vai trazer mais biodiversidade e evitar o assoreamento da baía, diminuindo as dragagens no futuro. São práticas da permacultura e da agrofloresta que estamos trazendo para dentro da atividade portuária, como forma de mitigação dos impactos da nossa atividade”, explica o diretor de Meio Ambiente.

A Portos do Paraná apresentou também outro projeto em andamento no Parque Tecnológico de Itaipu, as chamadas usinas de hidrogênio verde. Uma carta de compromisso foi assinada para o desenvolvimento do projeto.

O projeto envolve estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para produção de hidrogênio verde dentro do Porto de Paranaguá, através possivelmente da implantação de painéis solares.

O objetivo é consumir o hidrogênio verde no local, na frota do porto ou na produção de energia elétrica, para abater da conta de luz. Está em elaboração o estudo sobre qual será a melhor utilização do produto.

Também foi feita a apresentação referente a todos os monitoramentos ambientais, que geraram reconhecimento novamente do Índice de Desenvolvimento Ambiental (IDA) de 2020, através da recente premiação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que pontuou o Porto de Paranaguá como o porto público de grande porte melhor posicionado no tema no país.

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