O plantio de cevada e trigo avançou 27% entre 31 de maio e 6 de junho do Paraná. A condição mais seca torna o clima favorável para o plantio. A expectativa, segundo boletim de Conjuntura do Departamento de Economia Rural do estado (Deral) é de que a produção das culturas de inverno supere o volume de 2023.
Este é o maior percentual já registrado para este período e, conforme a equipe técnica, tem relação com o aumento da demanda de cevada na região dos Campos Gerais, puxada pela Maltaria Campos Gerais, com previsão inicial de produção de 240 mil toneladas de malte por ano.
Historicamente a região de Guarapuava detinha a maior área de cevada no Estado, mas alguns produtores reduziram o espaço na safra atual. De outro lado, agricultores da regional de Ponta Grossa optaram por entrar na atividade.
A estimativa é que o Paraná plante 75,2 mil hectares de cevada, 14% a menos que os 87,3 mil hectares do ciclo 2022/23, mas que a produção passe de 278 mil toneladas para 334,6 mil, ou 20% a mais.
TRIGO – O cereal já foi semeado em 73% da área projetada de 1,12 milhão de hectares. A extensão ainda pode ter acréscimo, visto que os preços melhoraram e podem levar produtores a reverem suas intenções de plantio. Na quarta-feira (05) a saca era comercializada a R$ 75,00, valor acima do índice trimestral de custo variável, que fechou maio em R$ 67,41.
A expectativa de colheita é de 3,8 milhões de toneladas, segundo a Previsão Subjetiva de Safra divulgada no final de maio. Isso representa 4% a mais que as 3,6 milhões de toneladas da safra 2022/23, ainda que naquele período a área tenha sido 21% superior, chegando a 1,42 milhão de hectares.
BATATA – O Brasil pode produzir 4,3 milhões de toneladas de batata-inglesa em 131,2 mil hectares, de acordo com previsão do IBGE. Se confirmada, o volume é 0,9% superior às 4,2 milhões de toneladas de 2023, que foram produzidas em 128,5 mil hectares. Em linhas gerais, o País produz três safras: das águas, colhida no verão; das secas, extraída no outono; e a de inverno.
O Paraná é o segundo maior produtor, atrás de Minas Gerais. Atualmente o Estado desenvolve a 2.ª safra, cultivada em 10,5 mil hectares, com produção estimada de 317,8 mil toneladas. O plantio alcança neste momento 95% da área, enquanto 58% já foram colhidos.
SUÍNOS – O boletim de conjuntura apresenta dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) que apontam 120 granjas comerciais com finalidade de reprodução no Paraná. O município de Piraí do Sul lidera, com 22 estabelecimentos, seguido por Toledo (16), Guarapuava (12) e Castro (11).
LEITE E OVOS – O preço pago ao produtor paranaense por litro de leite posto na indústria atingiu R$ 2,47 em média durante o mês de maio, aumento de 3,4% em relação aos R$ 2,39 de abril. Além do período de entressafra, os esforços do governo estadual para desestimular a importação de lácteos do Mercosul e a perda de produção no Rio Grande do Sul podem contribuir para que os preços se mantenham mais elevados.
Em relação aos ovos, o documento do Deral destaca que os preços caíram em todos os níveis do mercado em maio. Dados do departamento mostram que o preço nominal do ovo tipo grande ao produtor paranaense foi de R$ 140,66 por caixa de 30 dúzias. Em abril estava em R$ 144,99. (elaborada com textos e informações do IDR).
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