Produtores rurais do Paraná se reuniram em Curitiba nesta quinta-feira (1º) para avaliar os desafios e debater o futuro do agronegócio no estado em 2023. O evento, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), reuniu cerca de 4 mil produtores e produtoras rurais de todas as regiões do estado.
O ano de 2023 foi marcado por desafios para o agronegócio paranaense, como as perdas causadas pelos extremos climáticos. Os produtores discutiram temas como a reclassificação da umidade da soja e o novo projeto de lei de defensivos agrícolas.
Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar, destacou o recorde alcançado pelo Senar, com mais de 1.090 trabalhos no Agrinho, além de ressaltar o sucesso do programa em questões relacionadas às mulheres e o apoio a eventos no Paraná, que contaram com a participação de mais de 500 mil pessoas.
Judith Sendko, produtora rural de Palotina, Oeste do estado, compartilhou suas experiências, destacando os desafios enfrentados em 2023 devido às condições climáticas. Ela ressaltou a oscilação climática como um fator impactante para os produtores.
O encontro celebrou as diversas iniciativas realizadas pelo Sistema Faep/Senar ao longo de 2023, mobilizando milhares de produtores rurais pelo fortalecimento da agropecuária.
Entre os temas debatidos, destaca-se a proposta do Ministério da Agricultura de reduzir o padrão oficial de classificação da umidade da soja de 14% para 13%.
O deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, expressou preocupação com a proposta de redução da umidade da soja, destacando possíveis prejuízos para os produtores rurais. Lupion anunciou uma audiência pública para discutir o assunto na Comissão da Agricultura.
Edmilson Zabott, produtor rural, acrescentou que a redução proposta de 14% para 13% de umidade na entrega representa uma perda significativa na produção e no valor do produto para os agricultores.
Diversas autoridades participaram do evento, incluindo a ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina. Ela enfatizou a importância da união e do protagonismo do Paraná no agronegócio brasileiro. Tereza Cristina também comemorou a modernização da Lei dos Defensivos Agrícolas, recentemente aprovada pelo Senado.
A senadora destacou a segurança proporcionada por moléculas mais modernas e a redução de custos para os produtores. Ela espera que a lei, agora aguardando sanção presidencial, entre em vigor no próximo ano sem vetos.