O Paraná vai lançar nos próximos dias dois programas de investimento com créditos tributários das operações de exportação. Serão liberados R$ 250 milhões para construção de armazéns e R$ 500 milhões para novas plantas industriais. A considerar a participação do setor na economia do estado, o agronegócio deve ser o segmento mais beneficiado. Primeiro, porque é a atividade que mais exporta. E, segundo, por consequência, o que mais detém crédito tributário dessa natureza.
O anúncio foi antecipado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, na noite desta quinta-feira (15), em Foz do Iguaçu, na abertura do Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses. O programa chega em um momento onde o déficit de armazenagem de grãos atinge um índice crítico no Brasil, pressionado em especial pela safra recorde do ciclo 2022/23. No Paraná, por exemplo, a capacidade de armazenagem é de 32 milhões de toneladas, para uma safra média nos últimos anos de 40 milhões de toneladas e 47 milhões de toneladas no último ciclo.
No caso da liberação de crédito tributário para novas plantas industriais, a intenção do governo é ampliar a transformação da produção primária, atualmente em torno de 45%. O percentual já coloca o Paraná como o estado mais agroindustrial do país. Mas o objetivo, segundo o governador, é maior. “Queremos ser o supermercado do mundo”, ilustrou o chefe do Executivo.
Fórum
Em uma edição ampliada, o Fórum dos Presidentes reúne também cooperativas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e da União Europeia. Com o tema “Conectando cooperativas através dos continentes”, o evento tem como objetivo fortalecer parcerias entre Brasil e Europa.
A aproximação ocorre em meio a uma série de incertezas no comércio entre Brasil e Europa, que impõe uma série de restrições na importação de produtos da agricultura brasileira, com questionamentos e exigências ambientais e de sustentabilidade.
O evento e uma promoção do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Sistema Ocepar).