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DISPUTA POR TERRAS

Registradas novas invasões no Oeste do PR

Produtores suspeitam que invasores sejam paraguaios. Situação se agrava na fronteira. Justiça concede reintegração de posse na manhã desta sexta-feira

Novas invasões de propriedades rurais foram registradas na manhã de quinta-feira (18) na Região Oeste do Paraná. As imagens em vídeos e fotos foram fornecidas pelo Sindicato Rural de Terra Roxa. O juiz da segunda Vara Federal, em Umuarama/PR, João Paulo Nery dos Passos Martins, concedeu reintegração de posse da Fazenda Brilhante (Terra Roxa/PR), na manhã desta sexta-feira, 19. O juiz destaca na decisão que “sempre houve manejo de terra e atividade agrícola” na fazenda.

Os invasores se identificaram como sendo povos indígenas. As imagens também mostram que foi colocado fogo na propriedade, e o Corpo de Bombeiros foi acionado.

A propriedade fica às margens do Rio Paraná, muito próxima da fronteira com o Paraguai (30km aproximadamente).

O Secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leoncio Teixeira, disse que será feita uma triagem para averiguar se os invasores realmente são indígenas e que haverá um esforço coletivo para resolver a questão da melhor e mais rápida forma possível, “pois o clima está tenso na região da fronteira”, disso o secretário.  

Já o Sindicato Rural de Terra Roxa, declara que várias invasões voltaram a acontecer na Região Oeste há alguns dias, e reclama que não há um rigor na fiscalização por parte das autoridades brasileiras. O executivo do Sindicato, Osvair Mauro Frasson, disse inclusive que as invasões estão sendo feitas mediante a proteção da Força Nacional do Brasil, e que os proprietários rurais da região se sentem numa “terra sem lei”.

Esta semana, produtores rurais da região fizeram um protesto contra as invasões, conforme pode ser acompanhado pelas imagens, fornecidas pelo Sindicato de Terra Roxa.

A Itaipu Binacional publicou uma matéria em seu site falando sobre o tema. Entre as informações estão: “A Itaipu Binacional propôs, em maio deste ano, junto à Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal, um acordo de compra de áreas para assentar os grupos indígenas avá-guarani de Guaíra e Terra Roxa, no Oeste do Paraná, contemplados pela Ação Civil Originária 3.555/DF. A empresa, que não tem poder para desapropriar terras, mas apenas adquirir de proprietários interessados na venda, sugeriu a compra de 1,5 a 3 mil hectares a serem destinados para as novas aldeias”.

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