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Paraná

Reserva Mata Atlântica é destaque em painel da COP26

O evento tem o foco no fortalecimento da biodiversidade e dos vínculos climáticos por meio de pesquisas, políticas e ações conjuntas

A iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica tem a oportunidade de ser conhecida internacionalmente ao ser destaque de um dos painéis da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).

O painel “Ação multinível para a biodiversidade e o clima: desafio planetário e lições da América Latina” está sendo liderado pela Universidade de York, de Toronto, no Canadá. O evento com várias partes interessadas tem o foco no fortalecimento da biodiversidade e dos vínculos climáticos por meio de pesquisas, políticas e ações conjuntas. Representantes brasileiros falam sobre como é possível alinhar ações que apoiam o clima, a biodiversidade e as pessoas.

Além da universidade canadense, o evento também conta com o Imperial College London; Fundação Grupo Boticário; Oro Verde Tropical Forest Foundation; Global Center on Adaptation; German Development Institute (DIE); Fundación Defensores de la Naturaleza; CDP Latin America; IDDRI e a participação de Ricardo Borges, coordenador de marketing e networking da iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).

Na oportunidade, os representantes brasileiros irão compartilhar o exemplo da Grande Reserva Mata Atlântica – o maior remanescente contínuo do bioma no planeta, com 2,2 milhões de hectares integrando os estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo – como uma referência de como a união entre pessoas, entidades, instituições acadêmicas, iniciativa pública e privada é capaz de fortalecer os esforços em prol do desenvolvimento sustentável com base na conservação da biodiversidade e contribuir com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Anke Manuela Salzmann, especialista em Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, outro importante apoiador da iniciativa, também participa do evento, abordando como é possível fazer um business case para a conservação e adaptação da natureza. Anke apresentará o movimento Viva Água, que reúne stakeholders de diferentes setores para promover a segurança hídrica e a adaptação às mudanças climáticas por meio da conservação e restauração da natureza, além de direcionar investimentos de impacto em uma bacia hidrográfica estratégica no sul do Brasil.

Também participam do painel Alexandra Deprez, do IDDRI (Institute for Sustainable Development and International Relations) – que abordará os principais desafios para alcançar ações significativas sobre as mudanças climáticas e a biodiversidade –, Andy Purvis, líder de pesquisa no Museu de História Natural de Londres e afiliado do Grantham Institute for Climate Change, grupo que estuda mudanças climáticas no Imperial College London – que vai falar sobre como medir e prever melhor o progresso da biodiversidade.

O painel conta, ainda, com Ineke Naendrup, gerente de projetos da OroVerde, instituição de proteção de florestas com sede na Alemanha, e Heidy García, da Fundación Defensores de la Naturaleza. Eles abordarão meios para o aprimoramento de abordagens que beneficiam o clima, a natureza e a vida na Terra.

Grande Reserva Mata Atlântica

A Grande Reserva Mata Atlântica é o maior remanescente contínuo deste bioma em todo o mundo. São 2.2 milhões de hectares de ecossistemas naturais que se estendem por 50 municípios em três estados. Esta região abriga cidades coloniais das mais antigas do Brasil, além de comunidades tradicionais e indígenas, todas a uma curta distância de dois dos maiores centros urbanos do país: São Paulo e Curitiba. Com a floresta em pé e abundante vida selvagem, é possível oferecer experiências de ecoturismo autênticas aos visitantes e, ao mesmo tempo, criar empregos, gerar renda e melhorar a qualidade de vida de muitos brasileiros.

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