“De forma lenta e gradual, é inevitável a transição energética à redução na utilização de combustíveis fósseis”. A fala é do diretor-presidente brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, em coletiva de imprensa que nesta segunda-feira (30) deu o tom das discussões das reuniões ministeriais do grupo de trabalho de transições energéticas do G20, que reúne 19 das maiores economias do planeta e é presidido pelo Brasil. Organizado pelo Ministério das Minas e Energias (MME), os debates seguem até sexta-feira (04), em Foz do Iguaçu, sede da Itaipu, anfitriã do evento.
Entre as diretrizes do grupo de trabalho, a busca pelos negociadores é por um consenso sobre a transição energética, em especial no que diz respeito ao acesso global de energia limpa e renovável a todos os países, processo que passa pela redução no uso das energias fósseis consideradas mais poluentes, como o petróleo e o carvão. O objetivo é elaborar documentos para induzir e formular políticas públicas e acordos de cooperação que serão trabalhadas pelos chefes de estado durante a cúpula de líderes do G20, que acontece em novembro no Rio de Janeiro.
Verri reconhece que o mundo ainda precisa do petróleo. Mas coloca como condição das nações do G20 o compromisso de como se manter a utilização do petróleo e, de maneira simultânea, começar a entrar com outras alternativas. Ele lembra que “o Brasil tem expertise nesse assunto desde os anos 70, com o proálcool, depois avançamos com a hidrelétrica e, agora, com solar”. Segundo o diretor-presidente da Itaipu, graças às caraterísticas do país, a e energia solar responde por 30% da geração. Quase 40% da energia diária do Brasil é fotovoltaica e eólica, disse.
“Graças às caraterísticas do país, a e energia solar responde por 30% da geração. Quase 40% da energia diária do brasil é fotovoltaica e eólica.
Enio Verri, diretor-presidente da Itaipu Binacional
Além do benefício ambiental, o executivo pontuou ainda o lado econômico e social dessa transição: “energia limpa, barata e que permite que o preço médio caia e não comprometa o mundo com a poluição como o petróleo compromete”. Uma transição, reforça, “lenta, gradual e assertiva é inevitável”. Segundo Verri, essa é uma discussão que a Itaipu levou para COP28 em Dubai em 2023, que estará na pauta da COP29 este ano no Azerbaijão e vai marcar a COP30, que acontece em 2025 aqui no Brasil, no Pará.
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