A Polícia Militar de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, fechou um criadouro clandestino de galos usados em rinhas. A ação aconteceu no sábado (4).
No local, a polícia encontrou 95 galos da raça índio gigante; 45 deles estavam mutilados e presos em gaiolas para brigas, o restante confinados para crescimento forçado. Além dos animais, as autoridades também encontraram anabolizantes, que eram usados nos galos para antecipar o desenvolvimento.
Os animais eram mantidos em gaiolas de madeira e de ferro, algumas extremamente apertadas, especialmente as de madeira, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos.
Exportação de galos
Segundo informações da PM de Mato Grosso do Sul, além de usar os animais para rinhas no Brasil, os galos eram ‘geneticamente melhorados’, através de cruzamentos, e exportados para a Bolívia, com preços entre R$ 3 mil a R$ 4 mil cada.
O dono do criadouro também admitiu que treinava os animais antes de vendê-los para o exterior. Os policiais verificaram no local onde eram mantidos os animais várias esporas, biqueiras artificiais, tesouras cirúrgicas, gaiolas, seringas e remédios para tratamento dos ferimentos dos galos.
Na ação policial, três pessoas que estavam no criadouro foram autuadas. Um deles, que se identificou como o dono, foi multado em R$ 47,5 mil e responderá em liberdade pelo crime de maus-tratos. Os outros dois também foram autuados pelo crime ambiental.
Segundo a Polícia Militar de Campo Grande, assim que se consiga um local para a destinação, todo o material será recolhido.