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Pecuária

Polícia investiga abatedouro que misturava carne de cavalo com porco

Além da mistura de carnes, foram encontrados no local um cavalo morto e outro vítima de maus-tratos

A Polícia Civil de Goiás, por meio da delegacia de Hidrolândia, cidade da região metropolitana de Goiânia investiga um abatedouro clandestino de animais. O local é suspeito de vender carne de cavalo misturada com a de suínos.

Em uma busca e apreensão feita na última quarta-feira (11), a polícia encontrou no local um cavalo que tinha acabado de ser abatido. Além disso haviam mais dois animais prontos para o abate.

Crueldade

De acordo com a polícia, o animal estava sem o couro, com a face, patas e vísceras expostas.

Foto: Polícia Civil de Goiás

Além disso, haviam mais dois animais na propriedade. Um deles estava em condições de maus tratos. Magro, não tinha acesso a água e estava amarrado de forma que dificultava a sua alimentação. Também encontraram no abatedouro clandestino máquinas de moer carne e de fazer linguiça.

Já na casa do proprietário do abatedouro, localizada em Aparecida de Goiânia (GO), o segundo município mais populoso do estado, a polícia encontrou cerca de 80 kg de carne suína. Esta era misturada à carne de cavalo para disfarçar o sabor.

Além disso, havia anotações de contabilidade do grupo criminoso, nas quais foi possível identificar possíveis compradores, entre restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.

O dono do abatedouro teve o carro, documentos e telefone celular apreendidos, assim como o produto encontrado no local.

Crimes

O homem, cuja identidade não foi divulgada pela polícia, está respondendo a inquérito pelos crimes de maus tratos com morte do animal, crime de construção de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização legal, bem como o crime de vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo.

As penas somadas podem ultrapassar os 10 anos de prisão.

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