Depois de um período de dois anos sem operar, na última sexta-feira (20), o Aeroporto Lauro Kurtz, de Passo Fundo (RS), recebeu o primeiro voo. A intenção do governo gaúcho era realizar a migração para as novas instalações ainda em dezembro, mas, após ajustes das companhias aéreas, foi definido que a reabertura ocorreria somente agora, na segunda quinzena de janeiro.
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A estrutura estava em obras de ampliação e modernização a partir do termo de compromisso (TC) 5/2017, firmado entre a Secretaria de Aviação Civil (SAC), então vinculada ao Ministério da Infraestrutura do governo federal, e a secretaria estadual de Logística e Transportes (Selt). As obras começaram em outubro de 2020 e a pista de pouso e decolagem passou por recuperações, ampliando a capacidade nesse sentido.
Para a nova fase do aeroporto de Passo Fundo, também houve a instalação de equipamentos de auxílio à navegação, balizamento a led e constituição de um pátio para aeronaves — com cinco posições 3C (quatro posições B737.800/Embraer 195-E2 e uma posição ATR-72) e aproximadamente 16 mil metros quadrados. Além disso, foram construídos um terminal com mais de 2 mil metros quadrados, uma subestação e uma central de utilidades.
Complementam as novidades a execução de vias de serviço (seção de combate a incêndios e abastecimentos), áreas de estacionamento e melhorias no acesso ao terminal. No termo de compromisso firmado com a SAC, está prevista a reforma do terminal antigo para abrigar a seção de combate a incêndio (Sescinc). O processo se encontra em fase final de contratação do projeto.
Aeroporto de Passo Fundo: obra de quase R$ 55 milhões
No total, foram investidos R$ 54.908.509,81, cabendo ao governo gaúcho R$ 11.908.509,81, cerca de 22% do total. Além desse valor, o termo de compromisso determina que também compete ao estado a aquisição dos equipamentos e mobiliários para o terminal (esteiras, balcões, raio-x, pórtico e mobiliários em geral), orçados em aproximadamente R$ 2,5 milhões. Nesse item, o estado conseguiu uma cessão de uso não onerosa dos equipamentos com a Infraero (esteiras, balcões de check-in e carrossel de bagagens no desembarque), que deverá passar por modernização (retrofit) no valor de R$ 102 mil. A manutenção dos veículos de combate a incêndio recebeu R$ 64 mil de investimento.
A contratação da Infraero pelo governo estadual para a gestão do aeroporto de Passo Fundo tem um custo aproximado de R$ 266 mil mensais. Com a ampliação, o terminal pode receber voos de aeronaves maiores, com capacidade de 186 passageiros. No segundo dia de operações, o aeroporto já foi possível a operação simultânea de duas aeronaves no pátio, uma novidade em relação à situação existente. Há voos diários, operados por duas companhias aéreas, com destinos aos aeroportos de Campinas (SP) e Guarulhos (SP).
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A equipe responsável pelas obras avaliou que a resposta foi altamente positiva no primeiro teste das novas estruturas. “Salas de embarque e desembarque amplas e confortáveis agilizaram os processos, bem como os equipamentos de despacho e recebimento de bagagens [esteiras e carrossel] agilizaram os processos de desembarque dos passageiros”, avalia o diretor do Selt, Leandro Taborda.
Região estratégica para o agronegócio gaúcho
A região de Passo Fundo, no norte gaúcho, é considerada estratégica para o agronegócio do Rio Grande do Sul. Além de receber a Expodireto Cotrijal, feira que movimentou R$ 4,9 bilhões em 2022, é grande produtora de grãos como soja, milho e trigo. Além disso, concentra importantes cooperativas e indústrias do segmento.
Conforme divulgado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), a região concentra 29,3% dos empregos no agronegócio gaúcho divididos, sobretudo, nos setores industriais de abate e processamento de carne e fabricação de máquinas agrícolas.
*Com informações da imprensa do governo do Rio Grande do Sul.
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